O ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, disse que seu futuro está nas mãos de Deus e dos cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que vão julgar, nesta terça-feira (24), os embargos infringentes (contestação de sentença) da defesa do político. Azeredo já foi condenado em segunda instância no ‘mensalão tucano’ e pode ser preso caso os desembargadores não aceitem o recurso. O ex-governador falou com exclusividade com a Rádio Itatiaia sobre o processo.
“Nas mãos de Deus e nas mãos dos nossos desembargadores. Tem que explicar rapidamente. Do que sou acusado? Não tem a ver com Lava Jato, não tem nada a ver com mensalão. É uma questão eleitoral”, disse Azeredo, condenado a 20 anos e um mês de prisão em regime fechado. A condenação prescreveria em setembro.
Conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o mensalão mineiro foi um esquema de desvio de recursos de estatais mineiras criado para bancar a campanha eleitoral ao governo de Minas de 1998, quando Azeredo tentou se reeleger. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) – já extinto – foram algumas das estatais que repassavam o caixa dois. Foram desviados, conforme a PRG, R$ 3,5 milhões.