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A Polícia Militar (PM) acabou com um esquema de adulteração de cervejas no bairro Engenho Nogueira, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Três falsificadores de Goiás que trabalhavam em uma fábrica clandestina na capital foram presos em flagrante nessa segunda-feira (23). Uma adolescente também foi apreendida.
De acordo com a PM, eles adulteravam cervejas da marca Crystal com a troca do rótulo e da tampa das garrafas por outras com os logotipos da Antarctica, Brahma e Original. Os produtos eram comercializados pelos criminosos para bares e restaurantes de Belo Horizonte.
A corporação descobriu o crime depois de receber uma denúncia anônima que informava o endereço onde a falsificação ocorria, em um galpão na rua Engenho do Norte.
Os três presos foram identificados como Lucas da Silva Costa, de 20 anos, Francisco Dias Araújo, 31, e Maurício de Souza Almeida, 28. A adolescente que trabalhava com eles tem 15 anos e o responsável por ela foi identificado. A PM não explicou como a menina se envolveu com a quadrilha.
No interior do galpão, os militares apreenderam 98 caixas de cerveja, sendo 72 já adulteradas e prontas para a venda e outras 26 que ainda teriam as garrafas modificadas.
A PM também encontrou marretas de borracha, abridores, colas, diversas vasilhas cheias com cerveja e rótulos utilizados na falsificação. Os criminosos também tinham três buchas com substâncias semelhante a maconha.
Questionados pelos policiais, os falsificadores confessaram que saíram de Goiás para trabalhar com a adulteração de cervejas em Belo Horizonte. Um deles, inclusive, disse que ganhava R$ 2 por cada garrafa adulterada. A PM ainda não sabe quem é o proprietário do galpão no Engenho Nogueira.
Um perito da Polícia Civil esteve no local na tarde dessa segunda acompanhado de um representante da cervejaria Ambev. A reportagem aguarda um posicionamento da corporação sobre o caso.
Cerveja também era adulterada em Contagem
Em março deste ano, a Polícia Civil também prendeu uma quadrilha que adulterava cervejas e faturava cerca de R$ 400 mil por mês com o esquema. Ao todo, sete pessoas foram presas. Elas colocavam a bebida da marca Glacial em garrafas com rótulos e tampas da Antarctica e Brahma. A Fazenda Santa Rita, no bairro Liberdade, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, era o local utilizado pelos bandidos para a adulteração.
A Polícia Civil descobriu que o líder da quadrilha conseguiu alugar a fazenda depois de alegar ao proprietário do imóvel que iria produzir cerveja artesanal. A corporação descobriu o caso por meio de uma denúncia anônima.