O número de famílias mineiras com casa própria ainda representa um terço do total de moradores no Estado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (26). A pesquisa revela que os domicílios não próprios representam 35,2%, enquanto que os já quitados chegam a 64,8%.
Em 2017, entre os não próprios, 6,5% ainda estavam sendo pagos; 17,5% eram alugados e 11,1% eram cedidos. Já aqueles em outra condição, como, por exemplo, nos casos de invasão, totalizavam 0,1%.
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de residências também subiu. Em 2017, segundo levantamento, havia em Minas Gerais 7,24 milhões de domicílios, representando um aumento de 1,1% em relação a 2016. Na ocasião, os domicílios mineiros correspondiam a 10,4% do total dos domicílios no país.
Com relação aos domicílios no Estado, 85,9% eram casas e 14% eram apartamentos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os apartamentos correspondiam a 27,2% dos domicílios, enquanto que na capital eram 41,8%.
O levantamento foi feito durante cinco trimestres consecutivos. E além de investigar o tipo e condição do domicílio, os agentes do IBGE ainda pesquisavam informações sobre os serviços de energia elétrica e saneamento básico, que são de extrema importância para a melhoria das condições de vida e saúde da população. A constatação é que Minas aparece um pouco à frente nesses serviços essenciais em relação ao resto do país. Confira:
1.
Em 2017, 99,6% das residências mineiras possuíam água canalizada, nível acima do estimado para o Brasil (97,2%). Em 89,1% dos domicílios do Estado, a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição. Em 5%, era poço, e fonte ou nascente foram encontradas em 5,3% das residências. No país, 85,7% dos domicílios tinham como principal fonte de abastecimento de água a rede geral de distribuição.
2. Banheiro e Esgoto
Estimou-se que 99,1% dos domicílios em Minas Gerais possuíam banheiro de uso exclusivo, enquanto no país eram 97,7%. Em 82,9% do total de domicílios mineiros, o escoamento do esgoto era feito por meio de rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede. Em 13% dos domicílios do Estado, o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede e em 3,6% havia outra forma de esgotamento sanitário. No município de Belo Horizonte e na RMBH, o percentual de domicílios com escoamento do esgoto feito por meio de rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede encontrava-se acima da média estadual, sendo de 99,5% e 93%, respectivamente.
3. Lixo
Em 2017, o percentual de domicílios, no Estado, cujo lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza foi de 87,9%, ao passo que a média do país foi de 82,9%. Em 3,5% dos domicílios de Minas Gerais o lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza; e em 7,6% o lixo era queimado na propriedade. Na RMBH, 96,2% dos domicílios tinham o lixo coletado diretamente por serviço de limpeza, enquanto na capital mineira esse percentual era de 99,5%.
4. Energia elétrica
Perto da totalidade de domicílios mineiros (99,9%) possuíam energia elétrica, seja proveniente da rede geral ou fonte alternativa, índice similar ao registrado para o país (99,8%). Estimou-se que em Minas Gerais 99,9% do total de domicílios possuíam energia elétrica proveniente da rede geral e a disponibilidade desta era em tempo integral em 99,6% desses domicílios.