A defesa do ex-presidente do Peru Ollanta Humala e da mulher dele, Nadine Heredia, negocia a libertação de ambos, detidos há nove meses, para qualquer momento nesta segunda-feira (30). Ollanta Humala e Nadine tiveram prisão preventiva decretada, por 18 meses, acusados de recebimento de propina em um amplo esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht. As negociações são conduzidas pelo advogado Julio Espinoza.
Segundo o advogado, está na Suprema Corte do Peru um pedido de habeas corpus em favor de Ollanta e Nadine. O ex-presidente e a mulher se entregaram, em julho de 2017, após um longo processo em que foram investigados por lavagem de dinheiro relacionada a doações irregulares de campanha da Odebrecht.
Ollanta Humala negou os crimes e atribuiu a ordem de prisão à confirmação de “abuso do poder”. Já a mulher dele alegou que não havia provas e que a prisão era uma “arbitrariedade”.
Em abril, a Odebrecht declarou em Curitiba que apoiou Humala. O ex-presidente peruano negou qualquer contribuição.
A construtora brasileira é investigada por suposto repasse de recursos em contratos suspeitos em diversos projetos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
*Com