O Sindicato Rural de Itabira preocupado com a notícia de contaminação de equídeos na área rural de Itabira, verificou a situação junto ao escritório seccional do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) de Itabira. “O sindicato está acompanhando de perto as apurações e espera um desfecho positivo para os produtores,” afirmou o presidente do Sindicato Rural, Evado Lage Avelar.
O IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) Escritório Seccional de Itabira continua investigando os casos de anemia infecciosa equina, no distrito de Nossa Senhora do Carmo em Itabira. Para impedir o avanço da doença animais foram sacrificados seguindo protocolo do Ministério da Agricultura.
Em duas propriedades rurais os equinos verificados, e foram encontrados animais com anemia equina. Devido a enfermidade os animais foram sacrificados e as propriedades liberadas. Outras 11 permanecem interditadas pelo IMA, até que as investigações e procedimentos sejam concluídos.
O processo foi iniciado em novembro de 2017, em uma das áreas infectadas. Na propriedade cinco equinos foram sacrificados de janeiro até março de 2018. Em outra propriedade com dois equídeos, vizinha ao foco inicial, havia animais com a doença. Devido a situação dois equídeos foram sacrificados na quinta feira (26).
O procedimento para o saneamento do foco de anemia infecciosa equina exige a realização de dois exames de sangue consecutivos, com intervalo de 30 a 60 dias entre as verificações. Devido à complexidade dos casos, foi necessário investigar outras doze propriedades localizadas no entorno do foco.
Todas as propriedades foram interditadas até que o IMA conclua a verificação de todos os animais susceptíveis, um total de 55 equinos. Na segunda semana de maio de 2018, os profissionais do IMA voltarão às 11 propriedades para a coleta de material e posterior realização do segundo exame.
Recentemente outras duas propriedades com vínculo epidemiológico com os dois primeiros focos surgiram na região do Carmo. Os proprietários serão comunicados para que os procedimentos necessários sejam também realizados nos equinos que vivem na área, inclusive com interdição.
Contaminação
A anemia infecciona equina é transmitida pela mosca mutuca, que se alimenta do sangue dos equídeos. São várias as formas de contaminação. Por isso preventivamente é necessário confirmar o estado saudável dos exemplares, antes da livre circulação entre as propriedades.
Embocadura do freio, utilização de esporas e principalmente vacinação contra raiva com o compartilhamento de agulhas, são as formas de contágios não biológicas mais comuns entre equídeos (cavalos, muares e jumentos).
“Usar a agulha descartável é fundamental na prevenção da contaminação. A utilização repetida de agulha acontece por inteira falta de conhecimento por parte do produtor, porque o preço é acessível. Uma agulha descartável custa de seis a dez centavos. A maior propriedade que colhi de sangue em quantidade de animais tinha 14, e o proprietário iria gastar menos de R$ 1,50 para evitar a possível contaminação,” disse Nissan Félix, chefe do Escritório Seccional do IMA.