A polícia da Índia prendeu 15 pessoas após um grupo de homens sequestrar, violar e queimar viva uma adolescente, no mais recente caso de crimes cometidos contra mulheres na Índia, mesmo com o recente endurecimento das leis.
O magistrado do distrito de Chatra, Jitendra Singh, disse neste sábado (05/05) que quatro homens sequestraram a jovem de 16 anos quando ela participava de uma cerimônia de casamento, na quinta-feira, na aldeia de Chatra, que fica no estado de Jharkhand.
Ela foi então levada para um local deserto, onde foi violentada por alguns deles e depois mandada para casa. O pai da jovem denunciou o caso a membros do conselho da aldeia. Os líderes do conselho da aldeia impuseram uma multa de 50 mil rupias (750 dólares) a dois dos acusados no dia seguinte aos acontecimentos, e eles foram liberados.
As leis indianas preveem vários anos de detenção para o crime de estupro.
Segundo Singh, os homens liberados, irritados pelo fato de terem sido denunciados, invadiram a residência da família, agrediram os parentes da vítima que lá estavam e mataram a jovem, ateando fogo nela, depois de jogarem querosene.
O chefe do governo estadual, Raghubar Das, prometeu apurar o caso e punir os responsáveis, incluindo os membros do conselho da aldeia que não comunicaram a denúncia à polícia. Entre os detidos estão os quatro homens que sequestraram a jovem e membros do conselho da aldeia. Cinco pessoas continuam sendo procuradas.
A Índia tem sido abalada por uma série de agressões sexuais desde 2012, quando uma estudante foi violada e assassinada num ônibus em Nova Déli. Esse ataque gerou no país uma revolta generalizada em relação aos crimes contra as mulheres.
Em resposta, o governo indiano aprovou uma série de leis para elevar a punição por estupro para até 20 anos de prisão, mas casos frequentes continuam a ocorrer no país.
Devido à indignação generalizada em relação a recentes casos de violação e assassinato de crianças e adolescentes, o governo aprovou no mês passado a pena de morte para condenados por violar crianças menores de 12 anos. (AS/dpa/lusa/afp)