G1
A erupção do vulcão Kilauea, o mais ativo do Havaí, continua neste domingo (6), com o surgimento de novas fendas, das quais saem lava e gases tóxicos que provocaram milhares de evacuações.
Segundo um comunicado do Observatório Vulcanológico do Havaí divulgado neste domingo, contabilizaram-se oito rachaduras, uma delas aberta na noite deste sábado (5).
Todas ficam na localidade de Leilani Estates, cujos 1.700 habitantes receberam uma ordem de evacuação obrigatória na última quinta-feira (3), bem como os de Lanipuna Gardens.
O observatório, ligado ao serviço americano de geologia e sismologia (USGS), indicou que também foram detectadas novas fendas no solo na manhã deste domingo, mas nenhuma que deixa escapar calor ou vapor.
Algumas rachaduras continuam emitindo jatos de lava, às vezes de até 70 metros de altura. Dióxido de enxofre, gás que deixa a qualidade do ar “extremamente perigosa”, também ainda escapa do solo em alguns pontos.
Fenômeno imprevisível
A defesa civil do arquipélago informou na noite deste sábado que cinco casas haviam sido destruídas. Também advertiu que a erupção estava aumentando e deve continuar, destacando a imprevisibilidade do fenômeno natural.
Sobre a alta atividade sísmica na região desde o começo da semana, o observatório apontou um aumento nos últimos dois dias, marcado por um tremor de magnitude 6,9 na quinta e um de magnitude 5 na véspera, que desencadeou a erupção do Kilauea.
Em 48 horas, especialistas registraram 152 tremores de magnitudes 2 e 3 localizados a menos de 5 km da cratera, e 22 terremotos de magnitude 3.
O Kilauea, de 1.247 metros de altura, entrou em erupção às 16h45 locais de quinta. O vulcão é um dos mais ativos do mundo e um dos cinco ativos da Big Island, maior ilha do arquipélago, formado por 137 ilhas.