G1
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (8), voltando a fechar no maior valor desde junho de 2016, diante da tensão nos mercados externos após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a retirada do país do acordo nuclear firmado com o Irã, aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo.
A moeda norte-americana subiu 0,49% sobre o real, vendida a R$ 3,5705, após chegar a R$ 3,5932 na máxima do dia. Veja mais cotações. Já o dólar turismo era vendido a R$ 3,72 (alta de 0,4% sobre o dia anterior), mas chegou a ser vendido a R$ 3,74 nesta terça.
Cenário externo
Trump anunciou que vai retirar os EUA do acordo nuclear firmado com o Irã, o que eleva as sanções econômicas ao Irã e reduz a produção do país. Isso poderia afetar a produção e exportação de petróleo, o que impacta o preço da commodity.
Preços mais caros de petróleo impactam a inflação e podem levar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a elevar mais do que o esperado os juros no país.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.
Cenário doméstico
O BC vendeu pelo quarto dia a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,780 bilhão do total de US$ 5,650 bilhões que vence em junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a US$ 2,8 bilhões adicionais. (*com Reuters)