A Petrobras anunciou nessa quinta-feira (17) o quarto reajuste de preços da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias nesta semana. Segundo a empresa, o preço do diesel A passará de R$ 2,3082 nessa quinta-feira para R$ 2,3302 nesta sexta-feira (18) – o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 nessa quinta-feira para R$ 2,0407 o litro nesta sexta-feira, o que representa um aumento de 1,80%. Na véspera, a Petrobras já havia elevado em 1,82% o preço da gasolina e 1,76% o do diesel.
A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível.
Nas bombas, o valor médio da gasolina subiu em 19 Estados na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na média nacional, o preço médio do litro subiu 0,76% na passagem de uma semana para outra, de R$ 4,225 para R$ 4,257 – nova máxima do ano. Em Minas Gerais houve leve queda, mas o preço está acima da média nacional: passou de R$ 4,502 para R$ 4,498.
Acima de 50%. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias já subiu 55,28% e o do diesel, 56,55%, segundo o “Valor Online”. Com o novo aumento, a gasolina vendida ao consumidor final acumula alta de 3,85% desde o início do ano, e 21,28% desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços.
Com essa disparada, quem está perdendo são os postos. Representante dos donos de postos de combustíveis de todo País, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) defendeu o fim da oscilação dos preços para o consumidor final. Em nota divulgada nesta semana, a entidade argumenta que, por causa da política da Petrobras, de reajustes diários nas refinarias, “muitos postos estão perdendo fôlego financeiro e não conseguem sobreviver neste cenário”.
Como solução, propõe a revisão dos tributos que incidem sobre os combustíveis (veja quais são AQUI). A Fecombustíveis defende a uniformização das alíquotas de ICMS nos diferentes Estados e o retorno da utilização da Cide como amortecedor das oscilações de preços, como era adotado no passado. A ideia é que altas do petróleo sejam compensadas por baixas do tributo.