Um arcebispo australiano foi condenado nesta terça-feira (22) na Austrália por encobrir abusos de um sacerdote a menores na década de 1970.
Philip Wilson, arcebispo de Adelaide, pode pegar uma pena de dois anos de prisão. Depois de pagar fiança, ele foi colocado em liberdade até a audiência em que será dada sua sentença, que será realizada no dia 9 de junho. A procuradoria pedirá o seu ingresso em prisão preventiva.
Em seu veredito, o juiz Robert Stone afirmou que Wilson é culpado por não relatar à polícia os abusos a dois meninos no altar de uma igreja em Hunter Valley, ao norte de Sydney, atribuídos ao sacerdote James Fletcher na década de 1970.
Wilson, de 67 anos, se declarou inocente e diz estar decepcionado com a condenação. Durante seu depoimento no mês passado, Wilson, que sofre de princípios de Alzheimer mas não toma medicação que o ajude com a memória, disse que não se lembrava se os dois meninos lhe disseram que foram abusados por Fletcher.
O procurador Gareth Harrison alegou que Wilson estava implicado no encobrimento para proteger a imagem da Igreja Católica.
Fletcher foi declarado culpado de nove casos de abuso sexual a menores e morreu em 2006 na prisão, quando cumpria uma condenação de quase 8 anos.
De acordo com a agência Associated Press, ele é o membro da Igreja Católica de cargo mais alto a ser condenado.