Como já era esperado, a polêmica do dia, durante a reunião da Câmara Municipal de Itabira na tarde desta terça-feira (22), ficou por conta do Projeto de Lei 31/2018 que altera um dos anexos da Lei 4.061/2007 e aumenta de 407 para 457 o número de assistentes técnicos administrativos, que compõem a grade de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A matéria é de autoria do prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) e enfrentou duras críticas dos oposicionistas Agnaldo Vieira Gomes “Enfermeiro” (PRTB) e Weverton Andrade “Vetão” (PSB), que votaram contrários ao projeto.
De acordo com os vereadores, o Governo deveria priorizar a contratação de médicos e investir na compra de remédios para abastecer as farmácias do município, ao invés de criar mais cargos.
Os vereadores criticaram os valores que serão gastos com os novos funcionários. Segundo apresentação feita pelo próprio governo, a abertura dos 50 cargos gera um custo ao município, apenas no segundo semestre, de 2018 de R$ 481.425,80.
Os que defenderam a matéria votaram pela criação de novas vagas de trabalho, tema que vem sendo bastante discutido pela Câmara Municipal.
Àqueles que defenderam a aprovação do projeto citaram o alto índice de desemprego no município como o principal motivo de estarem aprovando a proposta feita pelo prefeito.
“Nós não estamos falando de gerar custos, estamos falando em garantir o emprego de 50 pais de família […] Não podemos dar ouvido à meia dúzia de pessoas que estão criticando o projeto simplesmente por que não estão concordando com este governo. Nós estamos justamente resolvendo o problema da falta de atendimento na área de saúde, já que estes profissionais atenderão esta secretaria”, defendeu o líder do Governo na Câmara, vereador Carlos Henrique da Silva Filho “Carlin” (Podemos).
Outro vereador que entrou em defesa do projeto foi Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” (PNM), responsável pela Audiência Pública realizada no mês passado para debater a empregalidade no município.
“Não podemos ser incoerentes com o nosso discurso. Outro dia mesmo fizemos uma audiência para falar da falta de emprego no município e agora temos a oportunidade de criar 50 novos postos de trabalho. Meu voto a este projeto é favorável”, disse o vereador.
Protesto – Membros do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais (Sintsepmi) marcaram presença no plenário e pediram a reprovação da matéria.Com cartazes de protesto, eles alegaram que a Prefeitura não deveria criar os novos cargos. Um dos cartazes dizia: “ A prefeitura não precisa de mais cargos, precisa valorizar os servidores de carreira! Digam não!”.