A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na Câmara de Vereadores de Itabira, para investigar uma série de irregularidades na construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), José Cesário Martins Carneiro, no bairro Fênix começou a periciar documentos. A informação foi repassada pelo vogal da comissão, vereador André Viana Madeira (Podemos), que também é autor do requerimento que pede a abertura das investigações.
De acordo com o vereador, uma mudança na presidência da CPI precisou ser realizada para seguir o regimento interno da Câmara. Por ser o autor do pedido de abertura das investigações ele não poderia presidir os trabalhos, cargo que foi transferido para o vereador Reinaldo Soares de Lacerda (PHS).
Apesar da mudança, os trabalhos da investigação não foram prejudicados, segundo informou André Viana. Ao todo, os vereadores têm seis meses para concluir e apresentar o relatório de investigação em sessão plenária, tempo que o vereador informou ser mais do que necessário.
Sem entrar em detalhes, ele apenas informou que existe um “forte indicio de erro” na licitação da obra.
“A CPI está andando corretamente o presidente já emitiu despacho solicitando documento de todas as despesas da Prefeitura, é um momento que a gente pede a paciência da imprensa e do povo, por que vamos pegar estes documentos e periciar, para depois fazer a oitiva de testemunhas no tempo oportuno. Entoa, estamos na fase de recebimento de documento e analise. Existem novidades, é uma CPI que tem vislumbres, que vai acontecer, existe forte indicio de erro na licitação e nós vamos provar isso, existe forte indicio de conduta na licitação e na concepção da empresa e estamos calculando um prejuízo ao erário muito grande”, disse o vereador sem entrar em detalhes.
A obra é orçada em R$ R$ 4,1 milhões e ainda não foi entregue à comunidade. A arquiteta especialista na área de saúde, Rosangela Maria dos Santos, contratada pela Secretaria Municipal de Saúde, detectou diversos problemas na obra, como por exemplo acessibilidade, ar condicionado, rugosidade nas superfícies, nas paredes e nas portas impedem a desinfecção e a descontaminação do ambiente, ausência de ralos nos pisos para escoamento da água, dentre outras irregularidades.
Sem especificar o dia exato que começa a oitiva das testemunhas pela CPI, André Viana voltou a dizer que “o relatório caminha para ser muito contundente e gravoso” e que o prazo regimental será cumprido.
“Afirmo aos senhores que antes dos seis meses estaremos no plenário votando um relatório contundente. Sobre a oitiva de testemunhas, ainda não temos a divulgação oficial das testemunhas, mas são muitas”, concluiu ele.