Um jogo maluco, cheio de reviravoltas. Este poderia ser um resumo possível para o confronto entre Atlético e Chapecoense hoje, no Independência, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo entrou em campo com a possibilidade de chegar aos 16 pontos e assumir a vice-liderança temporária na tabela, já a Chape, querendo se manter distante do Z-4. Além disso, a equipe mineira, vinda de duas derrotas, queria tirar qualquer possibilidade de crise, diante de sua torcida. Estas condições podem ter justificado o primeiro tempo foi bastante movimentado no Horto, quarenta e cinco minutos que renderam quatro gols e uma expulsão.
Já nos minutos inciais da partida, parecia que a Chapecoense iria dominar o jogo, especialmente com as ofensivas velozes do lateral Apodi, um dos destaques do time catarinense. O primeiro lance de perigo, Douglas cabeceou na trave do Galo, depois de uma assistência de Canteros, ao 18 minutos. Dois minutos depois, a força de ataque da Chapecoense foi recompensada com escanteio, cobrado novamente por Canteros, que passou por toda a zaga atleticana e encontrou Leandro Pereira, livre para finalizar com o pé esquerdo para o fundo das redes.
Mas logo na sequência o Atlético conseguiu o empate, no primeiro ataque após a saída de bola. Roger Guedes chutou mal de fora da área, mas a sobra deixou Ricardo Oliveira cara a cara com o goleiro. O jogador empatou o jogo com uma finalização de pé esquerdo, sem chance para o goleiro Jandrei. Quarto gol do “Pastor” no Campeonato Brasileiro. mesmo depois do empate, o Atlético jogou mais de contra ataque, não pressionando as subidas da Chapecoense.
Em uma das subidas do Galo, aos 36 minutos, Gabriel foi agarrado por Wellington Paulista dentro da área, que não deixou zagueiro ir na bola . Pênalti para o galo, convertido em gol por Fábio Santos. Virada alvinegra, que prometia se transformar, ainda no primeiro tempo, em um jogo mais tranquilo, já que poucos minutos depois o atacante Leandro Pereira, da Chapecoense, foi expulso depois de uma disputa com Gabriel. Revolta generalizada do time catarinense, que foi amansada depois do gol de falta de Arthur, em belíssima cobrança de falta no ângulo superior esquerdo de Victor, igualando novamente o placar no Horto.
O jogo no segundo tempo esquentou depois que o técnico Thiago Larghi fez a primeira modificação no Galo, substituindo o zagueiro Gabriel pelo meia Erik. Deu certo: mais ofensivo, o time logo encontrou o gol de desempate, depois que Roger Guedes recebeu uma bela assistência de Elias dentro da área, limpou um zagueiro e bateu no canto de Jandrei, fazendo seu sexto gol no campeonato Brasileiro, e continua como o artilheiro da competição. Só que quatro minutos depois, depois de passe de Apodi, Arthur sofreu um toque de Fábio Santos na pequena área. Pênalti convertido por Wellington Paulista.
Com o novo empate no placar, o time da casa se jogou ainda mais para o ataque, tentando abafar a equipe catarinense. Ao se aproximar do final do jogo, bateu o desespero no time alvinegro: chutões de fora da área, sem direção ao gol, e um festival de bolas alçadas em busca de alguma chance na pequena área catarinense. Cazares, apagado no jogo, foi responsável por boa parte destas tentativas. A mais perigosa veio aos 43 minutos, quando Ricardo Oliveira (Atlético Mineiro), depois de uma assistência de Erik finalizou com o pé direito do meio da área, com a bola passando muito perto do gol.
A nota polêmica foi no último minuto, quando um chute forte de Cazares bateu no braço de Bruno, da Chapecoense.O time seguiu insistindo, mas sem efeito: mesmo com um jogador a mais durante toda a segunda etapa, o Atlético saiu do Independência amargando um empate e vaias de parte da torcida.