Os servidores da Segurança Pública de Minas Gerais que ocupavam o Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, deixaram o prédio por volta das 22h50 desta quata-feira (6), após serem notificados sobre decisão tomada pela 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. O texto estipulava multa de R$ 50 mil por hora, em caso de permanência do movimento no local.
Ao final do protesto, lideranças dos servidores da Segurança Pública estadual tratavam o movimento como ‘vitorioso’. Afirmaram ainda que vão se reunir ao longo da próxima semana para traçar uma nova mobilização, que definiram como ‘surpresa ao governador’.
A documenteção foi entregue às lideranças do ato por um oficial de Justiça, acompanhado pelo secretário de Estado de Defesa Social, Sérgio Barboza Menezes. Ao lerem o conteúdo, os servidores afirmaram que o protesto era pacífico e, por isso, respeitariam a ordem judicial. Tal posição já havia sido informada à imprensa momentos antes da notificação.
Logo em seguida, os manifestantes recolheram as cinco barracas estendidas no jardim do Palácio da Liberdade. Novamente, críticas ao governador Fernando Pimentel foram gritadas.
De acordo com o documento expedido pela Justiça e requerido pelo governo estadual, o ato se tratava de um “abuso do exercício de manifestação pública”. Segundo o documento articulado pelo Executivo Estadual, a medida serviu para “proteção da posse, a salvaguarda da vida das pessoas que circulam no entorno da Praça da Liberdade, do Sr. Governador do Estado e dos demais agentes públicos ali presentes”.
A decisão pedia a “reintegração imediata de posse da área externa e interna do Palácio da Liberdade”. Além disso, em casos de resistência ao mandado, o governo solicitaria “a prisão dos líderes da manifestação, assim identificados pela Polícia Militar – a qual lavraria o respectivo boletim de ocorrência –, inclusive do Deputado Estadual Sargento Rodrigues”.
No início da noite desta quarta, os servidores da segurança pública montaram oito barracas nos jardins do Palácio da Liberdade , na Região Centro-Sul da capital. Segundo a categoria, a intenção era ocupar o local até serem recebidos pelo governador ou por autoridade que pudessem negociar as reivindicações.
O grupo fazia, entre outros pedidos, a reposição das perdas salariais inflacionárias dos últimos quatro anos, o fim do parcelamento dos salários, e exigem o pagamento do salário no 5º dia útil.
Os manifestantes acusavam desvios no Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais e no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).