Ele tem 16 anos de carreira e, nos últimos três, vem rodando o Brasil com o projeto em que canta seus maiores sucessos e os clássicos do pagode em tardes dedicadas à roda de samba. Thiaguinho assume que nem mesmo em seus melhores sonhos poderia imaginar que uma conversa despretensiosa com um amigo renderia algo tão duradouro: o projeto Tardezinha, uma grande roda de pagode, com palco de 360 graus, que tem ingressos esgotados em quase todas as apresentações, além de dois CDs, o último deles lançado na sexta-feira ( 8).
“Quando fiz o primeiro show de Tardezinha, há três anos, pensei: ‘Cara, deu certo’. Depois o show já virou um álbum, agora outro e ainda tem muitas canções que gostaria de ter gravado e que ficaram de fora. Daria mais um, dois ou três discos. Quando a gente lança um projeto, a gente deposita toda a confiança possível, mas não imaginava esse sucesso todo”, comemora.
A festa que começou no Rio de Janeiro já rodou mais de 33 cidades pelo Brasil. O evento, que sempre ocorre nas tardes de domingo, reúne cantores e amigos de Thiaguinho. No novo álbum, Tardezinha 2, lançado nas plataformas digitais, Thiaguinho traz regravações ao vivo de clássicos do pagode que fazem parte do repertório dos shows do projeto. Entre elas as velhas conhecidas que o público tem na ponta da língua: Livre pra voar e Telegrama, do Exaltassamba, Ainda gosto de você, do Sorriso Maroto, Essa tal liberdade e Depois do prazer, do Só pra contrariar, entre outras.
O cantor explica que tentou levar para o álbum parte das músicas que ele canta com mais frequência nos shows, que o publico mais gosta e se identifica. “É uma forma também de eu reviver essa época e homenagear músicos que admiro. É até difícil escolher o repertório do disco, porque, no show, são mais de três horas de música e um CD é muito pouco”, revela. Apesar disso, Thiaguinho confessa que não pretende gravar um DVD no formato Tardezinha para “guardar a experiência e a energia para quem vai aos shows”, afirma.
O músico, que gravou recentemente o hit Só vem, com a funkeira Ludmilla, e a canção Eu vim pra fazer a diferença, com Alexandre Pires, garante que, além do novo CD, outros singles serão lançados ao longo do ano. Uma das apostas dele é a música Serei luz, com a participação de Alexandre Carlo, vocalista da banda de Reggae Natiruts. A música foi registrada em estúdio em Brasília, em março deste ano, e deve ser divulgada no início do segundo semestre. Além disso, Thiaguinho também gravou Saideira, com a Atitude 67, banda que apadrinhou e é aposta de novo sucesso do pagode.
Sobre a influência do sertanejo e a retomada do pagode, Thiaguinho é enfático ao dizer que prefere não entrar em polêmicas. “Não consigo enxergar isso que as pessoas falam de que o pagode e o samba estão voltando. Não está voltando porque nunca foi embora. Escuto essa história desde que comecei a cantar, mas nunca subi num palco que não tinha público para ouvir. O momento sempre foi do sertanejo, desde criança ouço Zezé de Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó nas rádios. O sertanejo é uma música muito brasileira, assim como o samba e o forró, então, prefiro cantar e ficar de fora dessa polêmica de mercado”, finalizou.
• Thiaguinho
• Som Livre
• 12 faixas
• Preço sugerido: R$ 22,90
• Disponível nas plataformas digitais de música