O setor de serviços no Brasil avançou 1% em abril na comparação com março. Já na comparação com abril do ano passado, o avanço foi de 2,2% – a taxa mais alta desde março de 2015, quando foi de 2,3%. É o que aponta o levantamento divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o primeiro resultado positivo do ano para o setor que representa 70% da composição do PIB.
Com o crescimento de abril em relação a março, o setor de serviços está 11,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em novembro de 2014. Em março, essa distância era de 12,8%.
Segundo o IBGE, o acumulado do ano para o setor de serviços ficou em -0,6%. No acumulado dos últimos 12 meses o setor segue no vermelho, com queda de 1,4%. Esta, porém, é a taxa negativa menos intensa desde agosto de 2015, quando foi de -1,2%, conforme enfatizou o instituto.
O resultado positivo na comparação com março foi observado em quatro das cinco atividades investigadas pelo IBGE. O principal destaque foi para os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que teve crescimento de 1,2%, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que avançou 1,7%. Os serviços prestados às famílias tiveram alta de 1,5% e outros serviços de 0,7%.
O único impacto negativo veio dos serviços de informação e comunicação, que tiveram queda de 1,1%.
De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, “os transportes, que têm peso de 30% sobre o índice, foram a atividade de maior influência, um pouco acima dos serviços profissionais, que representam 21%”. Ele destacou que o setor de transportes apresenta recuperação desde meados de 2017.
1º trimestre no vermelho
O setor de serviços encerrou o 1º trimestre com uma queda acumulada de 1,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação com o 4º trimestre, houve queda de 0,9%, levando o setor de volta para o vermelho, após avanço de 0,5% no trimestre imediatamente anterior.