Professores da rede estadual de ensino estão em greve por falta de pagamento dos salários. Desde 2016 o governo tem feito o pagamento de forma escalonada. A primeira parcela deste mês foi paga para apenas uma parte dos servidores de educação. Em Itabira, o número de professores de escolas estaduais que aderiram à greve vem aumentando.
Esta é a segunda vez que os profissionais da educação entram em greve neste ano. Segundo professores, além de pegar apenas a metade da parcela prevista para o 5º dia útil de junho, o governo do estado informou que não tem dinheiro em caixa para pagar o restante.
A primeira paralisação foi entre os meses de março e abril e durou 43 dias. A reivindicação na época era o pagamento do piso nacional. Agora os professores pedem para que o governo cumpra no mínimo o pagamento do salário escalonado nas datas definidas pelo próprio governo.
Ainda de acordo com os professores a 2ª parcela dos salários deveria ser paga agora no próximo final da semana, mas o Governo não depositou nem sequer a 1ª parcela. Além dos salários os professores tiveram também o 13º salário parcelado.
De acordo com diretores da subsede Itabira do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE), cerca de 70% dos professores em Itabira estão parados. Os professores pedem para que o governo volte a fazer o pagamento dos salários sem parcelar.
A Secretaria de Estado da Fazenda justificou que o atraso no pagamento dos professores foi pela queda de R$ 300 milhões na arrecadação tributária, causada pela paralisação dos caminhoneiros. Disse ainda que na sexta-feira pagou R$ 1,5 mil para os servidores que estão trabalhando e que nesta terça-feira (19) pagará R$ 1 mil aos aposentados.
Ainda conforme a secretaria, os valores restantes, tanto para ativos quanto para inativos, serão pagos à medida que o caixa se normalizar. Ainda segundo a Secretaria de Fazenda, a data do pagamento da 2ª parcela está mantida para a próxima segunda, dia 25 de junho.