A taxa de desocupação no Estado cresceu 77,6% em quatro anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre de 2014, 7,1% da força de trabalho não tinha emprego. No mesmo período deste ano, são 12,6%, ou seja, mais de 1,4 milhão de trabalhadores sem ocupação formal, segundo os dados do instituto.
O coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, explica que a crise afetou principalmente as vagas com carteira assinada. Entre 2014 e 2018, Minas Gerais perdeu 265 mil empregos formais, segundo o instituto. “(No país) Em quatro anos, perdemos 4 milhões de empregos com carteira assinada”, informa Azeredo.
“As pessoas estão com menos garantias, menos estabilidade, e, por isso, cai o consumo. Isso gera um círculo vicioso”, afirma Azeredo. Ele explica que a queda do consumo faz a produção interna cair, o que emperra a geração de novas vagas qualificadas.
Para o coordenador de política econômica do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Antônio Corrêa de Lacerda, o fato afeta a juventude. “A crise está criando uma geração com pouca qualificação e pouca experiência porque não encontra oportunidades”, adverte Lacerda.