Estado de Minas
Autorizado desde a segunda-feira (18) passada a trabalhar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Cabo Júlio (MDB) deve participar nesta terça-feira (26) de reunião da Comissão de Segurança Pública da Casa. Isso porque, mesmo preso no regime semiaberto por por causa de uma condenação por corrupção, o parlamentar é vice-presidente do colegiado.
Na pauta da reunião da comissão estão um pedido de aumento do efetivo da PM em Conceição do Mato Dentro e requerimentos de votos de congratulações a policiais. O último encontro do grupo, que deveria ter ocorrido no dia que Cabo Júlio voltou ao Legislativo, não foi realizado por falta de quorum, na quarta-feira, dia 20.
No retorno, a expectativa era que ele fizesse um pronunciamento em plenário, como chegou a ser anunciado, mas também não houve deputados suficientes na Casa para abrir a sessão de plenário. Naquele dia, a maioria dos deputados preferiu ir a um evento da Associação Mineira de Municípios que reuniu centenas de prefeitos no Mineirão.
Semiaberto
Cabo Júlio conseguiu a autorização do juiz da Vara de Execuções Penais de BH, Luiz Carlos Rezende e Santos, para trabalhar diariamente de 8h às 18h na Assembleia. O parlamentar também havia pedido para converter a prisão em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, mas esta possibilidade lhe foi negada.
O deputado está preso em sala especial no 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na Pampulha, por sua condenação na Máfia dos Sanguessugas. O parlamentar foi condenado duas vezes pelo envolvimento em um esquema de fraude em licitações de municípios para a compra de ambulâncias com verbas do Ministério da Saúde.
A condenação por improbidade administrativa lhe impõe quatro anos de reclusão e 40 dias-multa. Em outubro de 2016, Cabo Júlio foi condenado mais uma vez a pena de seis anos de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de mais 50 dias-multa à proporção de um salário-mínimo de 2006.
A defesa do deputado conseguiu um habeas corpus para a prisão de quatro anos. Com isso, ele fica preso no regime semiaberto, o que lhe dá direito a sair durante o dia.