As fraudes pela internet podem jogar um balde de água fria nas férias de julho. No mês, o número de consumidores afetados por golpes tende a aumentar devido às negociações on-line de pacotes de viagens. Formalizar detalhes de imóveis alugados ou de serviços contratados ajuda a evitar dores de cabeça.
Se o consumidor confiar apenas na conversa, ele pode ser surpreendido negativamente”, alerta o Procon mineiro. Uma das principais reclamações, segundo o especialista, é com relação à diferença do que é contratado e do que é realmente fornecido.
O Procon mineiro destaca que é possível receber até 100% do capital investido de volta. E, paralelamente a este processo, cobrar danos morais e materiais ao mau prestador de serviços.
No caso de a pessoa lesada decidir ingressar com processo de danos morais, ela pode recorrer ao Juizado de Pequenas causas sem advogado desde que a indenização seja inferior a 20 salários mínimos. Se a indenização pedida for de 20 a 40 salários mínimos, é necessário advogado. Acima desse valor, ela deve recorrer à justiça comum.
O ideal é que a pessoa tenha um contrato com todos os detalhes da venda. Se ela não tiver, precisamos das conversas, seja por whatsapp ou email. E de um comprovante de pagamento”, destaca o Procon.
Roubo de dados
Segundo dados do Serasa Experian, a cada 16,6 segundos um usuário de internet sofre uma tentativa de fraude. O problema é que, em muitos casos, o que era tentativa se concretiza.
“Os consumidores devem ficar atentos para garantir que seus dados não estão à mercê de um possível roubo, verificando se o site possui certificado SSL, bem como outros itens como imagens em baixa resolução e links com redirecionamento para outras páginas”, afirma Murilo Couto, gerente de Certificação Digital da Serasa Experian.
Dados do Serasa Experian apontam que um a cada cinco sites não possui certificado de segurança ativo.
Sinais
O Procon mineiro alerta que o golpe costuma dar indícios. O primeiro deles é o preço. Desconfie de preços mirabolantes. Se a TV custa R$ 5 mil, dificilmente alguém irá vendê-la por R$ 500, por exemplo. O mesmo vale para passagens aéreas e diárias em hotéis. Às vezes, anúncios desse tipo patrocinados nas redes sociais. Não acredite.
Ainda de acordo com o Procon os anúncios aparecem de repente, muitas vezes, como se fossem lojas renomadas. No entanto, não são. O consumidor não deve acreditar naquele link. Ele deve entrar no site oficial da loja e procurar pelo produto. Na maioria das vezes, a promoção não existe, afirma o órgão.
Além disso, é comum que a única forma de pagamento aceita seja o boleto bancário. Isso não existe. É necessário desconfiar, também, de perfis na internet que não informam nome ou endereço do responsável.