Na última quarta-feira (12/7), a vice-prefeita Dalma Barcelos anunciou a adesão de Itabira à plataforma Cidade 50-50: todas e todos pela igualdade. A partir de agosto, o município consolidará as metas que serão cumpridas até 2030.
De acordo com Dalma Barcelos, em 2015, durante a assembleia geral, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. São 17 objetivos globais em um plano de ação aprovado pelos países membros, incluindo o Brasil. “E as metas para o alcance da igualdade de gênero estão concentradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e transversalizadas em outros 12 objetivos globais”, explicou. Ainda segundo a vice-prefeita, o plano começa com a adesão local desta agenda mundial. “O objetivo é construir um planeta 50/50, que garanta 50% de oportunidades iguais e a participação efetiva das mulheres em todos os níveis, assim como a tomada de decisões na vida econômica, política e pública”. Para isso, Dalma Barcelos ressaltou a importância de toda a sociedade contribuir. “O sucesso depende da participação de todos: homens, mulheres, sociedade civil, governos, empresas, universidades e principalmente os meios de comunicação, que com um trabalho sistemático, contribui muito para eliminar as desigualdades de gênero”, salientou a vice.
Por meio do Plano Nacional de Políticas para Mulheres, o Brasil trabalha em cooperação técnica com a ONU Mulheres desenvolvendo ações em promoção da igualdade de gênero, política de gestão e enfrentamento à violência contra as mulheres. Já em Itabira, como apontou Dalma, o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher (Lei nº 5.022/2018), sancionado este ano pelo prefeito Ronaldo Magalhães, “é, talvez, o mais importante instrumento municipal de proteção e garantia de direitos femininos, pois tem a finalidade de captar, repassar e aplicar recursos na implantação, manutenção e desenvolvimento de programas, projetos e ações voltados às mulheres itabiranas”. O município conta ainda, com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a Comissão de Combate à Violência contra as Mulheres e uma Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, “o que representa um avanço e traduz que o básico nós fazemos muito bem. Agora, nós vamos aderir a plataforma, fazer o diagnóstico na nossa cidade e seguir as diretrizes e metas da ONU”, concluiu a vice-prefeita.
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O programa, criado pela ONU Mulheres, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Instituto Patrícia Galvão (IPG) e o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades da Universidade de Brasília (Demode/UnB), surgiu nas eleições de 2016 para que os candidatos assumissem compromissos públicos com os direitos das mulheres e meninas naquele momento. Trata-se de uma iniciativa que se alinha com o processo de localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a iniciativa global da ONU Mulheres por um mundo 50-50 em 2030, ou seja, pela igualdade de gênero.
A agenda Cidade 50-50 surge do reconhecimento da importância das políticas públicas municipais para a promoção da igualdade de gênero e para o empoderamento das mulheres no território das cidades, nas esferas pública e privada, na economia, na política, no ambiente de trabalho, na saúde, na educação, na cultura, no lazer, na mobilidade, no transporte público e outras áreas de incidência na cidadania. Em Minas Gerais, já adotaram a plataforma, as cidades Belo Horizonte e Betim.