Na semana passada, membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Itabira (Codecon) foram conferir de perto a nova usina de ferro-gusa instalada no Distrito Industrial e em funcionamento há 90 dias.
Ainda com 70% da capacidade de produção, segundo Paulo Henrique Azevedo, gerente administrativo da Siderúrgica Atlas, a empresa já gerou 168 empregos diretos, sendo 90% trabalhadores de Itabira. “Começamos com 85% de pessoas da cidade, já aumentamos esse percentual e nossa expectativa é formar 95% do quadro com gente daqui. Além disso, até setembro atingiremos 100% da nossa capacidade e, com isso, ficaremos próximos a 200 funcionários”, destacou Paulo Henrique. De empregos indiretos, a Prefeitura estima que já foram criados aproximadamente 1,2 mil postos, considerando atividades como carvoaria, mineração, vestuário, transporte, padaria e combustível.
De acordo com José Don Carlos Alves Santos, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo de Itabira (SMDECTIT), o processo de instalação da Atlas começou no ano passado. “Os donos viram potencial em Itabira, estudaram o mercado e compraram uma antiga instalação no distrito. Além disso, pela proximidade com os clientes AcerlorMittal e Gerdau”. Desde o começo, segundo o secretário, a Prefeitura também ofereceu suporte para agilizar os trâmites exigidos. “Além de alguns incetivos fiscais previstos em lei, possível apoio em termos de qualificação e a revitalização do distrito, a secretaria acompanhou as questões de documentação, pois é nosso interesse, já que a empresa gera empregos e também renda para o município”, avaliou Don Carlos.
Depois de realizar um estudo de mercado, bem como o de logística, o grupo comprou a usina, desativada há mais de oito anos, em fevereiro de 2017. “Então, passamos mais de doze meses em reforma. Investimos em novas tecnologias, processos ambientais e de segurança de trabalho. No dia 17 de abril deste ano iniciamos a produção”, explicou o gerente Paulo Henrique.
Alternativas econômicas
Na avaliação do secretário Don Carlos, o ferro-gusa produzido pela Atlas entra no objetivo de diversificar a economia municipal. “Independente da Vale, o ferro-gusa continua. Inclusive, eles não compram o minério dela”, ressaltou. Ainda segundo ele, a empresa já opera em alta escala “e é esse potencial de melhoria que precisamos na nossa cidade”.
Outra notícia é a instalação de uma madeireira no próximo mês de setembro. “O processo está em andamento e vai gerar em torno de 50 empregos diretos. Também estão chegando outras empresas no mesmo molde”, revelou o secretário que acrescentou ainda a publicação de um novo edital até o final deste mês, para seis áreas disponíveis no Distrito Industrial.