A China adotará medidas de estímulo econômico para contrabalançar o impacto da guerra comercial com os Estados Unidos, anunciou o governo nesta terça-feira (24).
O governo adotará uma política fiscal “mais ativa”, autorizando mais empresas a deduzirem impostos dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, indicou o governo em um comunicado.
Também se acelerará a emissão de “títulos especiais” para financiar projetos de infraestrutura das administrações locais por um montante de 1,35 trilhão de iuanes.
Além disso, serão abertas linhas de crédito de 140 bilhões de iuanes (17 bilhões de euros) destinadas a 150 mil pequenas empresas a cada ano.
O governo advertiu, porém, que não haverá uma “enxurrada” de medidas de estímulo como aquelas aplicadas após a crise financeira de 2008. Essas medidas fizeram a dívida crescer enormemente e, agora, o governo tenta contê-la.
“A política monetária prudente não será nem demasiado rigorosa, nem demasiado complacente”, destacou o governo.
Mercados reagem bem
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,6%, enquanto o índice de Xangai também teve alta de 1,6%.
As expectativas de mais afrouxamento das condições monetárias levaram o iuan a uma mínima de 13 meses, e ressaltou uma ampla mudança na direção da política chinesa, à medida que crescem os temores de que uma guerra comercial cada vez mais acirrada possa prejudicar a economia.
O rendimento dos títulos de 10 anos do governo chinês fechou 2,9 pontos básicos mais alto, a 3,56%. O aumento segue um declínio constante no rendimento dos títulos de 10 anos, impulsionado pela grande demanda. O rendimento caiu mais de 50 pontos básicos desde o final de janeiro, segundo dados da Thomson Reuters.