O decreto do prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) proibindo a comercialização de bebidas alcoólicas na feira dos produtores, que acontece todos os sábados no bairro Esplanada da Estação, tomou conta da reunião da Câmara Municipal na tarde desta terça-feira (31). A maioria dos vereadores reclamaram com o líder do governo na Câmara, vereador Carlos Henrique da Silva Filho “Carlin” (Podemos) da atitude do chefe do executivo e pediram a abertura do diálogo na tentativa de reverter a situação.
Para os vereadores, a proibição esbarra na economia e também no lazer dos itabiranos. No primeiro sábado sem bebida alcoólica na feira gerou a indignação dos usuários, mas também dos representantes da feira, que sentiram a queda na movimentação.
Alguns feirantes acompanharam a reunião desta terça-feira (31) e ouviram o apoio dos vereadores, que chegaram a sugerir inclusive que o prefeito desfaça o decreto e abra o diálogo com a Câmara, os feirantes e até mesmo com os consumidores.
O vereador Adélio Martins da Costa “Decão” (MDB) encaminhou um oficio ao prefeito sugerindo a divisão de um horário que atenda todos os tipos de comerciantes e consumidores. Segundo o vereador, uma das maneiras de acabar com o impasse é determinar o horário de 6h às 10h para os comerciantes de produtos hortifrutigranjeiros e de 10h às 14h liberar a venda de bebidas alcoólicas.
“Como a medida gerou desconforto dos feirantes, sugerimos a divisão dos horários de funcionamento para atender os organizadores e frequentadores da feira que a utilizam como lazer e entretenimento”, diz o oficio.
O presidente da Associação dos Feirantes, Geraldo Magela Moreira Duarte “Tropeiro” compareceu à reunião da Câmara nesta terça. Em entrevista a impressa ele disse acreditar que o prefeito mudará de ideia quanto a proibição.
“Se o governo não por a mão na consciência nós estamos arrasados, a feira vai acabar. Mas eu acredito que ele vai por, ele [prefeito] é humano também. Não é possível, ali trabalha mais de 200 pessoas, não é possível que ele vai impedir as pessoas de trabalhar né?”, lamentou o representante dos feirantes, que aguarda um posicionamento do governo sobre a possibilidade de rever o decreto.