Itabira tem um jogador profissional de Poker, Matheus Cunha, 29 anos. Ele já levou o nome da Terra de Drummond a vários países, nessa atividade considerada esportiva e jogo da mente. Recentemente visitou familiares e amigos itabiranos, quando explicou um pouco de sua rotina. “É nada de convencional. Um pouco diferente. Levo uma vida de atleta mesmo. Preciso estar constantemente estudando, porque o jogo é competitivo. Exige muito estudo. Muita gente acha que é apenas sorte, ou jogo de azar, pelo contrário é um jogo muito matemático,” explicou.
Esse esporte exige dedicação do praticante, e jogar presencialmente tem algumas diferenças em relação a atletas que praticam Poker pela rede mundial de computadores. “Primeiro tecnicamente o jogo na mesa é mais fácil, porque na maioria das vezes é realizado por recreação. Pessoalmente você encontra meios de colher informações do adversário. Para saber se está com a mão muito boa, ou se pode estar blefando. Pela internet não tem isso”, destacou Matheus Cunha (foto).
O Poker é um jogo de cartas com dois ou mais participantes. No exterior é comum em cassinos. Pode ser praticado por qualquer pessoa, profissional ou amador. É considerado o jogo de cartas mais popular do mundo. Para jogar pôquer é preciso aprender as regras e procedimentos básicos. Sobre como teve contato com a modalidade, Mateus foi enfático. “Comecei aqui em Itabira quando amigos se reuniam para jogar, o home game. Tinha um amigo meu que sempre ganhava e isso me instigou.” Matheus se mudou para Belo Horizonte e foi atrás de clubes de pôquer, até se tornar profissional.
Cassinos são proibidos no Brasil, por serem considerados locais onde são praticados jogos de azar. A legalização dos cassinos é um assunto cercado de polêmica. Muitos grupos criticam a proposta de legalização argumentando que o jogo pode levar à lavagem de dinheiro, à criação de organizações criminosas e ao vício. Do outro lado, o próprio governo já se convenceu de que a legalização dos cassinos poderia ajudar no desenvolvimento da economia.
“A gente que vive profissionalmente joga em campeonatos pelo mundo. Hoje jogo pelo principal time do Brasil, Four Bet (4bet Poker Team). E estar nesse time me deu a oportunidade de conhecer vários países. Já estive no campeonato mundial em Las Vegas (EUA), disputei campeonato europeu em Barcelona (ESP) e ano passado foi campeão de um evento em Punta Del Leste (URU).”
No Brasil o Poker não é considerado jogo de azar. O Ministério dos Esportes enquadra a modalidade em jogos como xadrez, damas e gamão, considerados esportes da mente. “É um jogo de muito raciocínio e de muita informação. Há relação com mercado financeiro,” finalizou o jogador. (Site Euclides Éder)