A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador do programa de governo do partido, Fernando Haddad, viajaram para Curitiba na sexta-feira (03) para se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, para definir quem será o vice na chapa do PT à Presidência nas eleições 2018.
A escolha de Haddad, segundo dirigentes, seria um indicativo de que o ex-prefeito é mesmo o favorito para substituir Lula na disputa presidencial caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa.
As outras opções são Manuela d’Ávila, oficializada candidata à Presidência pelo PCdoB, ou um vice “laranja”, do próprio PT, que cumpriria a função de ser um dos porta-vozes de Lula durante a campanha mas que poderia ser substituído em um segundo momento, quando a situação do ex-presidente estiver definida.
A indicação de Jaques Wagner, outro “plano B”, para vice seria mais difícil porque o ex-ministro vai ter que registrar a candidatura ao Senado pela Bahia também até domingo.
A estratégia inicial do PT era que o Encontro Nacional amanhã homologasse o nome de Lula para candidato a presidente e delegasse à direção nacional do partido a incumbência de escolher o vice até o dia 14 de agosto.
No entanto, os advogados do PT chagaram à conclusão de que a estratégia é arriscada já que, embora existam jurisprudências conflitantes, a lei eleitoral prevê a escolha de candidatos a presidente e vice até 24 horas depois do prazo final para as convenções, que vence domingo.