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Roberto Astete e Cristian Olivares, dois empreendedores chilenos, encontraram uma solução que transforma a fórmula do plástico e faz com que sacolas plásticas fiquem solúveis em água, sem contaminar o solo.
Eles criaram um produto que substitui o petróleo por pedra calcária para fazer plástico e tecidos reutilizáveis.
Inicialmente, eles começaram a fabricar um detergente biodegradável, mas acabaram encontrando a fórmula química à base de PVA (álcool polivinílico, solúvel em água) e que substitui os derivados do petróleo, responsáveis pela alta durabilidade dos plásticos.
O produto deriva de uma pedra calcária que não causa danos ao meio ambiente.
“É como fazer pão”, acrescenta. “Para fazer pão é preciso farinha e outros ingredientes. Nossa farinha é de álcool de polivinil e outros componentes, aprovados pela FDA – agência americana que regula alimentos e remédios – que nos permitiu ter uma matéria-prima para fazer diferentes produtos”.
O que fica na água é carbono e os exames médicos realizados demonstraram que “não tem nenhum efeito no corpo humano”.
Para demonstrar que a água turva resultante da dissolução é “inócua” e potável, eles bebem alguns copos.
A fórmula encontrada permite “fazer qualquer material plástico”, razão pela qual já estão trabalhando na produção de materiais como talheres, pratos e embalagens.
A produção maciça, que pode ser feita nas mesmas empresas que fabricam os plásticos convencionais – basta apenas alterar a fórmula – o preço de seus produtos pode ser similar ao dos atuais, garantem.
Astete e Olivares esperam dar ao cliente o poder de ajudar a descontaminar o meio ambiente” porque “a grande vantagem é que o usuário decide quando destruí-la”, assegura.
A iniciativa ganhou o prêmio SingularityU Chile Summit 2018 como empreendimento catalizador de mudança, o que rendeu aos inventores um estágio no Vale do Silício a partir de setembro.
Em 2014 foram fabricadas 311 milhões de toneladas de plástico no mundo e se nada mudar, em 2050, serão produzidas 1,124 bilhão de toneladas .
A expectativa é comercializar seus produtos a partir de outubro no Chile, um dos primeiros países da América Latina a proibir o uso de sacos plásticos convencionais em estabelecimentos comerciais.