Das 2.551 crianças que foram separadas de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos com o México, 559 ainda não foram entregues aos pais. E, segundo documentos obtidos nesta quinta-feira (9) pela MSNBC, o governo americano ainda não tem um plano para que elas sejam reunidas.
Essas são as crianças cujos pais ou outros adultos associados não cumprem requisitos legais, ou seja, estão presos por terem cometido algum crime, oferecem risco ao bem estar do menor ou mesmo não quiseram receber as crianças.
Entre esses casos, existem 386 crianças que permanecem em abrigos, mas cujos pais já foram deportados. Ainda de acordo com o documento obtido pela emissora, o governo conseguiu fazer contato com os responsáveis por 360 delas, 299 na última semana. Os casos mais graves, porém, são os de 26 cujos pais as autoridades não localizaram após deixarem os EUA, e sobre os quais não possuem qualquer informação até o momento.
Ao se referir ao planejamento para a reunião das crianças com suas famílias, o documento informa que “o plano de reunificação para membros de classe removida está sendo submetido a uma revisão final e será apresentado à Corte em breve”.
Reunidos
Em 26 de julho, o governo anunciou em uma corte federal que 1.820 crianças de cinco anos ou mais que tinham sido separadas de suas famílias na fronteira com o México já haviam sido entregues a seus pais. Naquele dia, outras 711 ainda não tinham sido reunidas por não estarem elegíveis por diferentes motivos.
Na terça-feira (7), o Itamaraty informou que todos os menores brasileiros que haviam sido separados de seus pais já tinham sido reunidos.
Separação
Em abril deste ano, o governo norte-americano passou a separar crianças dos pais que entravam ilegalmente no país pela fronteira com o México. Os adultos eram levados a prisões, e os menores a abrigos.
A medida causou polêmica e, em junho, Trump assinou uma ordem para acabar com a separação de famílias.