No Brasil, falta trabalho atualmente para 27,6 milhões de brasileiros. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) trimestral divulgada nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,6 % no 2º trimestre de 2018.
“O resultado ficou estatisticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%) e subiu na comparação com o segundo trimestre de 2017 (23,8%)”, destacou o IBGE.
O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
Segundo o IBGE, o número de desalentados bateu novo recorde e atingiu 4,8 milhões no 2º trimestre, um aumento de 4,4% ou 203 mil a mais em relação ao 1º trimestre.
Veja o que são considerados trabalhadores subutilizados e quantos estavam nessa condição no 2º trimestre de 2018:
- 13 milhões de desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias;
- 6,5 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais;
- 8,1 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas não trabalham (força de trabalho potencial): grupo que inclui 4,8 milhões de desalentados (que desistiram de procurar emprego) e outras 3,3 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
Piauí (40,6%), Maranhão (39,7%) e Bahia (39,7%) apresentaram as maiores taxas de subutilização. Já as menores foram registradas em Santa Catarina (10,9%), Rio Grande do Sul (15,2%) e Rondônia (15,5%).
A taxa de desemprego recuou para 12,4% no 2º trimestre, ante 13,1% no 1º trimestre, segundo já havia sido divulgado anteriormente pelo IBGE. A queda da taxa de desemprego, entretanto, tem sido puxada pela geração de postos informais e pelo grande número de brasileiros fora do mercado de trabalho. O número de brasileiros fora da força de trabalho (que não trabalham nem procuram), entretanto atingiu o recorde de 65,6 milhões, um aumento de 1,2% em 3 meses ou de 774 mil pessoas. Já o número de trabalhadores com carteira é o menor já registrado pelo IBGE.