O U2 foi obrigado a cancelar um show no sábado (1/9) à noite, em Berlim, depois que seu vocalista, Bono, perdeu a voz depois alguns minutos de apresentação. “Nós sentimos muito pelo cancelamento desta noite. Bono estava em ótima forma e com uma ótima voz antes do show e estávamos todos ansiosos para a segunda noite em Berlim, mas, depois de algumas músicas, ele sofreu uma perda total de voz”, afirmaram os companheiros de banda do líder, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen, num comunicado publicado em seu site oficial.
[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”left”]”Não sabemos o que aconteceu e estamos buscando aconselhamento médico”, diz a nota. O U2 estava em seu segundo e último show em Berlim como parte de uma turnê internacional. Desde as primeiras canções, Bono mostrou que estava com dificuldades em sua voz. Em vários momentos, inclusive durante a interpretação das músicas, o cantor de 58 anos parou para beber algo de uma garrafa térmica. Pouco depois, anunciou que não teria condições de prosseguir com a apresentação. “Acho que não posso continuar. Não é correto com vocês. É inútil”, disse, antes de deixar o palco.
Na noite de domingo (3), Bono divulgou um texto com informações sobre sua saúde e um agradecimento aos fãs que estavam em Berlim para vê-lo, com um novo pedido de desculpas. “Consultei um grande médico e, com a ajuda dele, eu voltarei a ter plena voz pelo resto da turnê. Estou muito feliz e aliviado de que nada sério aconteceu. Meu alívio é reduzido pela consciência de que o público de Berlim foi tão prejudicado. Havia uma atmosfera incrível no show; caminhava para ser uma dessas noites inesquecíveis, mas não foi… Mal podemos esperar para voltar a Berlim em 13 de novembro”, escreveu.
Junto com o texto, Bono divulgou um bilhetinho e um agradecimento especial (com o desenho de um coração incluído) aos fãs que cantaram “Red flag day” junto com ele na noite de sábado, porque “há algumas notas altas nessa canção”.
Na sexta-feira, no primeiro show do grupo em Berlim, Bono denunciou as recentes demonstrações de violência da extrema-direita na cidade alemã de Chemnitz. “Pessoas como estas não têm espaço na Europa nem neste país”, disse.