A Secretaria Estadual de Saúde (SES) investiga se 110 moradores de Minas Gerais contraíram sarampo neste ano. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (6), revela que houve o registro de 29 casos suspeitos nos últimos dia sete dias. Até semana passada, o Estado apurava 81 infectados.
A pasta informou que, até o momento, nenhum caso da doença foi confirmado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Porém, em uma primeira coleta, quatro pacientes apresentaram amostras soropositivas para anticorpos da doença. Mas, para constatar a enfermidade, é necessário uma segunda amostra soropositiva, que está sendo analisada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Uma delas, de um morador de Poços de Caldas, já foi descartada. Há três casos ainda aguardando a contraprova, sendo dois em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e um em Passa Quatro, no Sul de Minas.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirma 1.579 casos de sarampo, enquanto outros 7.513 permanecem sob investigação.
Imunização
A vacinação é a única forma de prevenir a doença. Mesmo com todos os esforços dos órgão de saúde, e com mais de um mês de campanha de vacinação, a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, de 95%, ainda não foi atingida. De acordo com o órgão, até está quinta-feira 92,56% da população foi imunizada.
Para atingir o índice recomendado, a SES prorrogou até o dia 14 deste mês a campanha de vacinação. As doses da tríplice viral estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde do Estado e protegem, além do sarampo, também a rubéola e a caxumba.
A doença
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, transmissível e altamente contagiosa. A doença tem como sintomas febre, manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo, sintomas respiratórios e oculares.
A evolução da doença pode originar complicações infecciosas como amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar ao óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode manter-se em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.
Confira o esquema de vacinação por idade:
– Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba).
– Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela).
– Dos 02 aos 29 anos, caso não tenham nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, as pessoas deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
– De 30 a 49 anos, caso não tenham nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, as pessoas deverão receber apenas uma dose.
– Após 49 anos de idade, não é necessário a vacinação porque são consideradas imunes.
– Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
– Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais.