O Cruzeiro copeiro entrou em ação mais uma vez no mata-mata, agora em cima do Palmeiras, vítima da Raposa no Allianz Parque, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil. Com um gol do atacante Barcos, o time celeste bateu o Alviverde e saiu na frente em busca da vaga na final.
A partida teve enredo conhecido, já que o time de Mano Menezes foi cirúrgico em uma das investidas ofensivas, fez o gol e se fechou como um “enorme muro” na defesa, garantindo a vantagem para a partida de volta. O resultado foi importante não só pela vantagem garantida para o segundo jogo, mas para encerrar também um incômodo tabu: foi a primeira vitória azul no Allianz Parque.
Agora o Cruzeiro poderá empatar no Mineirão, no dia 26 de setembro, no Mineirão, quando ficará definido o finalista da competição.
O Jogo
A escolha de Mano Menezes por Barcos no time titular, mesmo a contragosto de muitos torcedores, foi efetiva no começo do jogo. Logo aos 4 minutos o argentino balançou as redes de Weverton, abrindo o placar no Allianz Parque: 1 a 0.
O que chamou a atenção e inflamou a torcida visitante presente ao estádio, foi a defesa milagrosa de Fábio minutos antes do gol cruzeirense. Arrojado, o goleiro celeste defende um chute cruzado de Borja, impedindo o que seria o gol palmeirense. E na sequência o Cruzeiro fez o gol.
Era o fim da “zica” do argentino, que não marcava há 11 jogos, e havia balançado as redes apenas uma vez desde sua chegada ao clube.
O Palmeiras dominou o primeiro tempo, mas não conseguiu derrubar a forte marcação defensiva do Cruzeiro. O Alviverde ficou mais tempo com a bola nos pés, quase 70% do tempo, e até assustou em lances, principalmente com Dudu, muito arisco e voluntarioso.
Foram pelo menos duas chances claras da equipe de Felipão, com Borja que chutou forte na rede pelo lado de fora, e com Dudu, que tentou colocar a bola no canto esquerdo de Fábio, em um arremate perigosíssimo, mas falhou na tentativa.
O Cruzeiro também teve uma oportunidade quase no fim do jogo, aos 41 minutos, quando Arrascaeta chutou e o goleiro Weverton defendeu com o peito a tentativa do uruguaio, que acabou deixando o gramado por reclamar de uma pancada no joelho.
Do banco de reservas, Felipão viu sua equipe tentar bastante, mas o Palmeiras saiu para o intervalo com a desvantagem no placar.
“Muto grande (a importância do gol). Falei que estava trabalhando muito para isso. Mas faltam 45 minutos para a gente sair daqui com a vitória”, comentou Barcos na saída para o intervalo.
O jogo no segundo tempo ficou mais nervoso, principalmente pelas reclamações dos jogadores do Palmeiras. Bruno Henrique e Dudu eram os mais exaltados, sempre reclamando com o árbitro Wagner Reway, que não conseguiu ter a partida em seu domínio e foi muito pressionado pelos atletas.
E o fim do jogo ainda reservava mais emoções. Egídio, em um chute contra o próprio patrimônio, quase fez contra. Fábio defendeu milagrosamente. Em uma pressão incrível do Palmeiras, Lucas Lima ainda acertou a bola no travessão. E no último minuto dos acréscimos, o árbitro ainda anulou um gol alviverde, para a sorte do Cruzeiro, no último lance.