Deutsche Welle | Foto: Getty images e Reuters
Em trajetória de crescimento mesmo sem participar fisicamente da campanha eleitoral, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) segue liderando a corrida ao Planalto com 26% das intenções de voto. O dado é de uma nova pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14/09).
O presidenciável, internado em São Paulo após ter sido esfaqueado durante um ato de campanha, subiu dois pontos percentuais em relação à última pesquisa do instituto, de 10 de setembro, quando somava 24% das intenções. Na sondagem anterior, de 22 de agosto, ele tinha 22%.
Se a liderança da corrida à Presidência não tem trazido surpresas, a disputa pelo segundo lugar vem se moldando com variações nos últimos levantamentos. Seguindo a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, três candidatos aparecem tecnicamente empatados.
Fernando Haddad (PT) viu suas intenções de voto subirem de 9% para 13% na semana em que foi oficializado candidato no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No fim de agosto, o ex-prefeito de São Paulo somava apenas 4%.
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, também com 13% da preferência do eleitorado, manteve a mesma pontuação da pesquisa passada, mas ganhou três pontos percentuais ante agosto.
Já Geraldo Alckmin (PSDB), que somava 10% das intenções no início da semana, perdeu um ponto percentual e figura agora com 9%, mas ainda em segundo lugar segundo a margem de erro. Na pesquisa do mês passado, ele tinha também 9%.
Empatada tecnicamente com Alckmin, Marina Silva (Rede) segue uma trajetória decrescente e já perdeu metade do percentual registrado em agosto, quando sua candidatura foi oficializada. Caiu primeiro de 16% para 11% e chega agora a 8%, demonstrando que não se beneficiou da saída de Lula da corrida, como levantamentos anteriores pareciam sugerir.
[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”left”]Em seguida vêm Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo), com 3% das intenções cada um, e Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (Psol) e Vera Lúcia (PSTU), com 1%. João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram.
O percentual de votos em branco ou nulos caiu para 13%, ante os 15% da pesquisa anterior. Além disso, 6% não souberam ou não quiseram responder ao levantamento.
Segundo turno
O Datafolha apontou ainda que a perspectiva de Bolsonaro para o segundo turno sofreu uma ligeira melhora. Seguindo a margem de erro, ele empataria com Alckmin (41% para o tucano contra 37% para o ex-militar), com Haddad (41% para o candidato do PSL contra 40% para o petista) e com Marina (43% para a candidata da Rede contra 39% para Bolsonaro). Perde, contudo, no cenário contra Ciro (45% a 38%).
Candidato do PDT, Ciro ganha em todas as simulações de segundo turno que incluíram seu nome. Seu melhor resultado é numa disputa contra Haddad, a qual venceria por 45% a 27%.
Um eventual segundo turno entre Alckmin e Marina terminaria com 39% para o tucano e 36% para a candidata da Rede, o que representa um empate técnico segundo a margem de erro. O ex-governador de São Paulo ganharia ainda de Haddad por 40% a 32%. O petista perderia também para Marina, com um resultado de 39% a 34%.
Rejeição
Bolsonaro lidera as intenções de voto para o primeiro turno, mas segue líder também em rejeição: 44% dos entrevistados disseram que não votariam no candidato populista de direita de jeito nenhum. O índice era de 43% na pesquisa passada e de 39% no fim de agosto.
Em seguida no ranking vêm Marina, com 30%, Haddad, com 26%, Alckmin, com 25%, Ciro, com 21%, Vera Lúcia, com 19%, Cabo Daciolo, com 18%, Eymael, Boulos e Meirelles, com 17% cada um, Alvaro Dias, com 16%, João Amoêdo, com 15%, e João Goulart Filho, com 14%.
Além disso, 4% dos eleitores disseram que não votariam em nenhum dos presidenciáveis, enquanto 2% votariam em qualquer um deles. Cinco por cento não souberam responder.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre esta quinta e sexta-feira, 13 e 14 de setembro, com 2.820 eleitores em 197 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O nível de confiança é estimado em 95%.