Vinte e um alunos estiveram presentes no módulo II do curso ABC do Cerrado, ofertado pelo Sindicato Rural de Itabira e Senar-MG (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), dias 13 e 14 de setembro. A atividade está sendo ofertada em quatro partes, sendo o primeiro módulo com oito horas-aula, e os demais com 16 horas-aula, sob orientação do instrutor Renato Resende Picinin, o “Bizerrão.” O módulo III será dias 29 e 30 de setembro, e o último, dias 31 de setembro e primeiro de outubro, com aulas práticas e teóricas, de como realizar atividades no meio rural, sem agredir a natureza. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“O programa ABC Cerrado partiu do Banco Mundial ao detectar as dificuldades que a agricultura atravessa. Através da Embrapa, acionou o Ministério da Agricultura que o ofertou ao Senar-MG essa parceria para operacionalizar a ação. O projeto a dois anos em atividade, seleciona produtores interessados, que são qualificados por estarem inseridos no bioma. através da composição de módulos. Cada pessoa está interpretando sua propriedade, ao modo de verificar deficiências e potencialidades, na visão como uma empresa para criar o diagnóstico e se escolher as medidas necessárias a serem adotadas pelo responsável”, explicou o instrutor do Senar “Bizerrão.”
Depois dos alunos receberem essa assistência, como parte prática na visitação das propriedades, estarão aprendendo a realizar curva de nível, retirada de amostra para análise de solo, identificação de erosão, pragas e matas ciliares. Posteriormente receberam uma atenção individual com a visita de um técnico, acompanhando de perto as atividades, cobrando a realização das etapas orientadas por doze meses. Uma linha de crédito específica para esse tipo de investimento vai fomentar as atividades rurais.
“É possível desempenhar uma atividade gerando renda, em perfeita sintonia com a natureza. Vamos mostrar para o produtor que a mata traz vários benefícios: arrendamento; produção de água, o maior bem que a sociedade pode ter; integração entre lavoura, pecuária e floresta, usando pequenas áreas com alta escala de produção. Em uma mesma área de pasto, por exemplo, posso colocar uma lavoura branca (milho e feijão), sombra e pastagem para gado leiteiro ou de corte, e até uma plantação de eucalipto, hoje chamado de poupança de lenha, carvão e mourão,” destacou Renato Bizerrão.
Avô e neto
Entre os participantes, estavam: o aposentado Wilson Ribeiro Couto, de 64, e seu neto, o estudante Tárcio Vinícius, de 20 anos. “Estou achando ótimo, eu quero colocar em prática na minha área, preservando a natureza. Temos água em abundancia e temos que preservar. Lá é mais mata que área de plantio, com a nascente passando no meio”, disse Wilson. “Esse curso é muito interessante. Vou colocar em prática na nossa propriedade, com atenção aos olhos d’água e tirar erosão do solo para a mata absorver melhor a água. Temos que ter conhecimento para preservar e obter resultado,” destacou Tárcio.