A candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República segue dividindo opiniões entre os famosos. Enquanto alguns compram a briga pelo candidato do PSL e outros rejeitam com veemência o voto no militar de reserva, há quem evite entrar em polêmicas e prefira se abster de manifestar opiniões. É o caso de Anitta, que tem sido cobrada pela comunidade LGBT por não declarar repúdio às declarações discriminatórias de Bolsonaro.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
As cobranças se intensificaram quando a funkeira passou a seguir, nas redes sociais, o perfil de uma amiga que declara apoio ao atual deputado. O episódio fez Anitta quebrar o silêncio, invocando seu “direito ao voto secreto” e a não se “posicionar publicamente sobre política”.
Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (19), ela afirmou: “Não é porque eu sou uma artista e tenho uma vida pública que eu sou obrigada a dizer qual é o meu voto e que eu devo receber ameaça e xingamento por eu não falar publicamente sobre isso.”
Fãs, por outro lado, acusaram a cantora de aderir ao pink money – termo usado em referência ao poder de compra da população LGBT. Defensora da causa e com uma parcela considerável de fãs na comunidade LGBT, ela se nega a repudiar a candidatura de Bolsonaro, tido como o maior adversário da garantia de direitos às minorias, assim como das políticas de combate à discriminação.
A cantora também recebeu mensagens de apoio de parte de prováveis simpatizantes do político. Em seu perfil no Twitter, ela postou mensagens em que reforça o desejo de se manter isenta sobre o assunto: “É um direito meu não querer opinar sobre política e eu só estou exercendo esse direito. Eu não segui um perfil em apoio à nenhum candidato. Segui um perfil de uma amiga de 8 anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu expor seu voto é um problema dela. Não quero ser obrigada a odiar ninguém por isso. Não quero ser obrigada a fazer campanha política quando não foi esse o trabalho que escolhi.”
Em sua defesa, ela ainda afirmou que não apenas apoia como se entende como parte da comunidade. “É totalmente incoerente dizer que eu apoio a morte à comunidade LGBTQ+ quando eu faço parte dela. Estaria apoiando minha própria morte. O que eu acho que eu possa fazer para apoiar as comunidades que eu defendo e/ou faço parte, que realmente acredite tenha capacidade de mudar em algo eu faço”, completou a funkeira.
O termo #AnittaIsOverParty, que declara encerrada a tentativa da cantora de se tornar um nome expressivo internacionalmente, se tornou um dos mais comentados do Twitter. Uma das imagens compara a posição de Anitta à de outras cantoras populares entre o público LGBT, como Ludmilla e Pabllo Vittar, que entraram na campanha #EleNão, contra o candidato do PSL.
Confira algumas reações: