Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, foi uma das cidades alvos da operação Fake Money (dinheiro falso, em inglês), deflagrada nesta sexta-feira (28) pela Polícia Federal e Receita Federal para desarticular uma organização composta por advogados, empresários e contadores suspeita de comercializar créditos tributários baseados em títulos prescritos ou falsos da dívida pública para empresas compensarem débitos junto o fisco. De acordo com as investigações, os prejuízos causados aos cofres públicos superam R$ 5 bilhões.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Para desmantelar a organização criminosa, 130 agentes cumprem 16 mandados de prisão preventiva e outros 33 de busca e apreensão. A ação acontece, além de Uberlândia, nas cidades paulistas de Ribeirão Preto, Araraquara, Descalvado, São José do Rio Preto, Mirassolândia, Osasco, Barueri e São Paulo, e também em Curitiba (PR). A operação conta com o apoio de 74 auditores fiscais da Receita.
Investigação
De acordo com a PF, o inquérito policial foi iniciado em junho de 2016 e as investigações apontam que a organização criminosa oferecia créditos tributários para empresas os utilizarem na compensação de débitos junto à Receita Federal. Para convencer eventuais compradores, os investigados elaboraram uma cartilha contendo informações inverídicas sobre a validade dos créditos. As informações eram atribuídas à Secretaria do Tesouro Nacional.
Até o momento, três mil empresas foram identificadas como vítimas do esquema criminoso. A operação seguirá com a identificação e fiscalização de todas as companhias que realizaram compensações com os créditos tributários falsos, informou a PF.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.