Um dia depois de oficializar o aumento do empréstimo do FMI, o presidente argentino falou à nação. No discurso, Mauricio Macri reconheceu que a situação económica atual do país “é difícil” e que o pior ainda está para vir.
Macri avançou os recentes dados do Serviço Público de Estatísticas, sobre o nível de pobreza no país. A taxa subiu dos 25,7% para 27,3%.
“São dados que ja esperávamos e que refletem a turbulência dos últimos meses face às dificuldades que estamos a passar”, admitiu Mauricio Macri, presidente da Argentina.
No discurso, Macri justificou os dados. Relembrou que quando chegou ao governo, em 2015, “a taxa de pobreza estava nos 32,2%” e que esta constante descida acabou por se inverter “devido à crise”.
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— Visión País Argentina (@visionpaisarg) 25 de setembro de 2018
Argentinos saem à rua
Desde a primeira reunião entre Mauricio Macri e Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, muitos argentinos deixaram clara a opinião que têm sobre uma intervenção do FMI no país.
Foram realizadas inúmeras manifestações contra a decisão de Macri pedir ajuda externa. No dia em que o goveno argentino confirmou um aumento do empréstimo em 6 milhões de euros, (50 milhões de euros no total), os protestos voltaram a fazer-se sentir, tanto nas ruas de Buenos Aires, como em Nova Iorque, à porta da sede das Nações Unidas, enquanto o presidente discursava na 73ª Assembleia Geral da ONU.
Há argentinos que consideram que o “ideal seria sair da crise sem ajuda externa”, mas também há quem ache que ” o empréstimo do FMI tinha de ser pedido”.
Concordando ou não com a decisão de receber ajuda extrena, os “próximos dias serão difíceis”, segundo Mauricio Macri, o presidente de um país que está dividido com o entrelaçar de mãos ao Fundo Monetario Internacional.