Estado de Minas
O perigo das montanhas mineiras e as notícias constantes de resgates não têm intimidado aventureiros. Pela sétima vez neste ano, segundo o Corpo de Bombeiros de São Lourenço, no Sul de Minas, a corporação precisou ser acionada e contou com auxílio de um helicóptero para resgatar uma pessoa perdida na travessia da Serra Fina.
Desta vez, a gaucha identificada apenas pelo primeiro nome, Cláudia, de 45 anos, se arriscou sozinha nos 33 quilômetros desta que é uma das mais duras travessias do Brasil e um dos ecossistemas mais hostis do mundo. São 20 picos com mais de 2 mil metros de altitude, pouca água, baixa visibilidade e temperaturas que caem abaixo de 0°C.
Na segunda-feira (24), ela deixou a Toca do Lobo, local tradicional de início da travessia, em Passa Quatro, e deveria ter chegado na quinta-feira (28) ao Sítio do Pierre, em Itamonte. No meio do caminho, a aventureira enviou mensagem para a irmã, avisando que chegaria na sexta-feira (29) e que estava ficando sem bateria de celular. Como no dia marcado o transfer contratado não a encontrou, os Bombeiros foram acionados.
As buscas de bombeiros e de dois guias locais, identificados como Davi e Felipe, fizeram a trilha inversa para tentar localizá-la, chegando até o Pico dos Três Estados (cerca de 9 quilômetros). Contaram também com o apoio do helicóptero Arcânjo, da Companhia de Operações Aéreas de Varginha, sob o comando do major Dias.
Depois de 3 horas de buscas, a aventureira perdida foi localizada na trilha e sua localização foi repassada para a equipe de solo. Ela chegou ao sítio no fim desta tarde.