Preso desde 2010 por orquestrar a morte da ex-namorada Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes de Souza está prestes a deixar a prisão. Isso porque a Justiça mineira atualizou o atestado de pena do ex-atleta e informou que ele pode pedir a progressão para o regime semiaberto a partir do próximo dia 13 de outubro.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Condenado a 20 anos e 9 meses de prisão, Bruno já cumpriu 1/3 da sentença. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o goleiro teria o direito de mudar o regime de prisão no dia 4 de novembro. Porém, o advogado Fábio Gama solicitou a remição da pena.
O pedido foi analisado pelo juiz Tarcisio Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Varginha, que contabilizou os dias de trabalho, estudo e leitura realizados por Bruno. Por lei, a cada três dias de atividade no presídio, o preso tem direito a menos um na pena. Somadas as horas, o goleiro teve abatimento de 24 dias na pena.
No regime semiaberto, o preso deixa a prisão durante o dia e retorna à noite. Porém, cada situação é avaliada pelo juiz. No caso de Bruno, a cidade de Varginha, onde ele cumpre a pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), não possui casa de albergados (para cumprimento do regime semiaberto) ou outra instituição onde ele poderia ir apenas para dormir.
Conforme explicou o TJMG, a progressão da pena também precisa ser avaliada pelo Ministério Público antes de ser concebida ao condenado. O advogado de Bruno foi procurado para comentar a situação do goleiro, mas não foi localizado.
O caso
Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi achado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.