O que era para ser um jogo de recuperação no Brasileirão, tornou a pressão ainda maior para o Atlético. O que era para ser a chance de fugir do fantasma do Z-4, se tornou um resultado insuficiente para o América. Clássico mineiro no Independência zerado, numa noite quente de domingo (14), pela 29ª rodada do Brasileirão.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O Atlético, numa atuação fraca e com vaias da torcida, se mantém em sexto lugar, mas vê o Santos se aproximar com 42 pontos. O Galo, com 45 pontos, parece lutar com poucas armas apenas para beliscar a última vaga garantida da Libertadores 2019.
Já o visitante Coelho, que cansou de perder chances e jogou mais do que o rival, deixou o gramado frustrado por somar apenas um ponto, o colocando em 15º lugar com 33 pontos (o Ceará, com 30 pontos e na 18ª colocação, tem dois jogos a menos).
SÓ DEU COELHO
O primeiro tempo do embate no Horto foi de sufoco para a torcida do Atlético, que enchia o estádio mais uma vez. A parte verde e preta aplaudiu o time no fim da etapa inicial. Ao Coelho, faltou capricho e pontaria para fazer um placar até surpreendente no clássico.
Com toque de bola melhor treinador, e descobrindo espaços numa marcação frouxa do adversário, o América criou as melhores oportunidades na primeira metade do jogo. Matheusinho dava trabalho para Fábio Santos, Ruy era elemento surpresa na sombra de Adilson e Luan, improvisado de centroavante, foi pesadelo para Léo Silva.
Foi por muito pouco, com Victor defendendo duas bolas perigosas, e ela caindo no pé errado de Carlinhos (o lateral teve duas oportunidades de ouro). O Galo se safou de sofrer gols e jogava mal. Ricardo Oliveira era espectador de um time que jogou afastado, sem inspiração e nem transpiração.
O argentino Tomás Andrade, escalado no lugar de Chará, era o único alento. E mesmo assim, insuficiente para erguer o time alvinegro na partida. Após levar sufoco atrás de sufoco, a equipe sob a batuta de Thiago Larghi despertou ao forçar erro do América. Foi só assim que João Ricardo precisou trabalhar. Primeiro, recuo errado de Gérson Magrão, para o goleiro alviverde dividir com Ricardo Oliveira e a bola bater de Luan Madson, quase encobrindo o arqueiro americano.
O próprio camisa 27 do Atlético, em início de noite de erros, teve uma segunda chance, desta vez com tempo para decisão melhor. A zaga do Coelho tirou a bola aérea de forma errada e Luan saiu na cara de João. Mas preferiu tentar driblar o goleiro, ficou sem ângulo e chutou para fora.
SEGUNDO TEMPO
A pressão diante dos jogadores do Galo aumentou na ida para o intervalo. O primeiro tempo acabou com vaias da torcida atleticana diante de uma atuação negativa. Houve momentos de incentivo na arquibancada, principalmente quando o Atlético parecia evoluir na partida.
Porém, a estática foi o marcante da performance alvinegra diante de um América bem postado sem a bola, e tentando atacar no erro do Galo. Num lance logo no início do segundo tempo, Ruy teve outra chance na cara de Victor, que defendeu. O goleiro alvinegro era o destaque da partida, e pararia chute à queima-roupa de Luan, que recebeu de Carlinhos nas costas de Léo Silva.
Outra vez, o “santo” apareceria em chute perigoso de Robinho. O camisa 1 voou para espalmar e teve que receber atendimento médico. Pouco antes, João Ricardo também desabou no gramado e contou com a sorte quando Ricardo Oliveira (sim, ele estava em campo) não conseguiu aproveitar rebote após Patric infiltrar-se na área do Coelho e disparar cruzado.
Mas a defesa da noite ficou mesmo a cargo de João Ricardo. Nathan aproveitou sobra da defesa do Coelho na área e rolou para trás. Tomás Andrade, destaque do Galo na partida, pegou de primeira e fez o camisa 1 do Coelho saltar bonito para impedir o gol.
Recheado de erros de passes no ataque para as duas equipes, o jogo se arrastou para o seu final sendo pautado pela raiva da torcida atleticana diante do placar mísero para quem está estacionado há cinco rodadas na sexta colocação. Ao América, ficou o gosto amargo de que a produção no jogo deveria ser suficiente para a vitória.