O goleiro Bruno perdeu o direito de cumprir pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Varginha, no Sul de Minas, e está de volta ao regime fechado no presídio da cidade. A decisão ocorre após ele ser flagrado em um bar com duas mulheres e uma lata de cerveja. O jogador também teria trocado mensagens de celular para marcar um encontro com elas. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O vice-presidente da Apac em Varginha, Gilmar Dias Machado, afirmou que a conduta foi uma falta grave. “O nosso método é baseado na confiança entre os recuperandos. É dada a chance, como foi dada a Bruno, do trabalho externo. A princípio, parece que houve uma quebra de confiança, e nós não temos esse hábito de dar chance porque já expliquei para eles que a chance que eles têm é de estar ali. Uma vez quebrada a confiança, eles perdem a oportunidade.”
O advogado de Bruno, Fábio Gama, declarou que não há evidências de que seu cliente bebeu cerveja, que na associação há um celular usado por todos os presos e que esse bar é frequentado pelos detentos que trabalham na construção da sede da Apac. Ele acredita que há uma armação para prejudicar a progressão do jogador para o regime semiaberto.
O goleiro foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010. O corpo dela nunca foi achado. Eliza tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido de Bruno, que, na ocasião, era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em nota à imprensa, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais esclarece que não existe unidade da Apac em funcionamento na Comarca de Varginha, mas apenas uma obra em construção.
Leia na íntegra
O Tribunal de Justiça de MG esclarece que não existe unidade da Apac em funcionamento na Comarca de Varginha, mas apenas uma obra em construção para atendimento de apenados, após sua conclusão, no sistema apaqueano. Todos os apenados da Comarca, portanto, cumprem penas no presídio local, sob a tutela do Juízo de Execução Penal.
A situação da falta praticada pelo apenado Bruno Fernandes será decidida pelo juiz da Execução Penal de Varginha. O Tribunal acompanhará o caso por intermédio do seu Grupo de Monitoramento e Fiscalização (GMF) do Sistema Carcerário em Minas Gerais.