Rádio Itatiaia
As investigações sobre a troca de tiros entre policiais civis de São Paulo e Minas Gerais avançam, mas muitas perguntas ainda estão sem respostas. A confusão ocorreu na última sexta-feira (19) em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas. A Justiça mineira converteu a prisão dos dois delegados e dos dois investigadores de São Paulo de temporária para preventiva. Os quatro foram transferidos para Belo Horizonte e estão presos na Casa de Custódia do Policial Civil. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O policial Rodrigo Francisco, de 37 anos, morreu no tiroteio. Um segurança e o empresário que seria dono dos R$ 15 milhões apreendidos (a maioria em notas falsas) estão internados no Hospital Monte Sinai. Eles também tiveram a prisão preventiva decretada. Conforme as investigações, o segurança é o autor do disparo que matou o policial. O estado de saúde dele é grave. O hospital não divulgou o nome dos feridos.
Com a prisão convertida para preventiva, não há mais prazo para que os policiais sejam soltos. A troca de tiros ocorreu no estacionamento do prédio anexo do Hospital Monte Sinai.
As investigações apontam que os policiais de São Paulo faziam a escolta dos cerca de R$ 15 milhões, a maioria (R$ 13,5 milhões em notas falsas) até Juiz de Fora, onde o dinheiro seria trocado por dólar. A suspeita é de que o empresário de 66 anos, dono do dinheiro, tentaria aplicar um golpe, o que pode ter desencadeado a confusão entre os policiais. O empresário foi atingido por um tiro no pé e continua internado.
Conforme boletim de ocorrência, as malas de dinheiro estavam em dois carros localizados no subsolo do estacionamento da unidade de saúde. Os quatro policiais paulistas, o empresário e o segurança dele vão responder por homicídio, tentativa de estelionato, lavagem de dinheiro e prevaricação (‘Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal’).
Três policiais civis de Minas Gerais envolvidos na confusão foram autuados pelo crime de prevaricação. Eles respondem em liberdade, mas podem ser preso e multados.
O corpo do policial Francisco foi sepultado no fim da tarde de sábado, no Cemitério Municipal de Juiz de Fora. Ele deixou a mulher e uma filha de 5 anos.