Uma audiência pública realizada pela Câmara Municipal nessa quarta-feira (24), proposta pelo vereador Reinaldo Soares de Lacerda (PHS), discutiu o tema acessibilidade em Itabira.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Participaram da discussão representantes da Prefeitura, da Apae, da Apasita, do Ministério Público e de outras entidades. O objetivo, conforme o autor do requerimento, é propor ações efetivas que garantam o direito de ir e vir das pessoas com deficiência no município.
“É uma responsabilidade muito grande, uma bandeira que estamos abraçando. Conheço uma filha de um amigo meu, que é como se fosse minha filha, e comecei a observar o punhado de obstáculos que ela enfrenta no dia a dia. Precisamos conversar com os empresários, com o Poder Executivo para amenizarmos esse problema”, declarou Reinaldo Lacerda.
Para a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Maria Raimunda Lacerda, Itabira tem avançado, mas é preciso evoluir mais. “Precisamos da sensibilidade das pessoas e do poder público porque os nossos meninos têm diversas dificuldades. São vários tipos de deficiência (visual, intelectual, múltipla) e a gente está correndo atrás porque ainda existe muita inclusão a ser feita”, afirmou.
O secretário municipal de Obras, Transporte e Trânsito, Ronaldo Lott, disse que a acessibilidade é um tema a ser tratado, mas há também outro problema que precisa de atenção: a mobilidade. Na visão dele, a cidade tem evoluído. “Por exemplo, 100% dos ônibus de Itabira têm elevador para pessoas com necessidades especiais. Alguns pontos no centro já possuem rampas de acesso, algumas faixas elevadas de pedestres estão sendo alinhadas com os passeios, então Itabira está avançando nisso – não talvez na intensidade necessária, mas estamos caminhando”, declarou.
A promotora de Justiça, Silvia Letícia Bernardes Mariosi Amaral, afirmou que é preciso construir uma agenda da acessibilidade. Ao elogiar a legislação vigente, a promotora disse que a cidade carece de obras de adaptação em locais de grande circulação de pessoas e que o MP tem atuado nesse sentido. “Acho que devemos construir uma agenda da acessibilidade porque, como toda política pública, há custo e não é um custo baixo”, disse. A promotora pediu ainda o empenho da população, principalmente os deficientes, na fiscalização e busca por melhorias.