Precisando vencer a qualquer custo para se proteger da aproximação do Santos na tabela, o Atlético perdeu, empatou ou ganhou do Ceará na Arena Castelão, na noite desta segunda-feira (29), para fechar a 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Em atuação sonolenta no começo do jogo, mas com direito a um golaço de Cazares em jogada trabalhada, o Galo acabou levando dois gols de maneira esquisita. O primeiro, num chutão de Maidana que bateu em Juninho Quixadá e foi no canto de Victor. O segundo, chute quase sem ângulo que quicou na frente do goleiro – autor de duas defesas de grande impacto – e entrou.
Agora, com 46 pontos, precisará vencer o Grêmio de qualquer maneira para se manter na zona de classificação da Libertadores. Para minimizar o efeito “Santos”, é preciso também torcer para o tricolor gaúcho ser finalista da Libertadores, já que enfrenta o River nesta terça-feira na semifinal. Um título brasileiro no torneio continental pode transformar o G-6 em G-7.
O JOGO
A torcida do Ceará coloriu o gramado do estádio com chuva de papéis picados. Animada, fez o time acelerar no confronto. E a defesa do Atlético demonstrou toda sua fragilidade – não por acaso é a pior entre os nove primeiros colocados, com 36 gols sofridos. Aos 10 minutos, Iago Maidana conseguiu cortar a ameaça do ataque no primeiro momento. Com a bola dominada, tentou o “chutão” para frente e não podia mirar mais errado.
O disparo do zagueiro bateu no armador Juninho Quixadá e entrou no canto do goleiro Victor. O gol fez o Galo murchar ainda mais na partida. Ainda que tinha a posse de bola – na casa dos 60% em boa parte do primeiro tempo – o time visitante de Minas Gerais passava aperto.
Com uma formatação larga no campo, deixava espaços para as arrancadas do Vovô, que se aproveitava da ausência defensiva de Elias e a atuação muito fraca do volante Adilson. O goleiro Victor, por exemplo, teve que fazer duas grandes defesas, além de outras intervenções de menor risco. Numa delas, tirou em cima da linha a cabeçada de Arthur, que subiu mais do que Ricardo Oliveira em escanteio.
O camisa 1 ainda havia salvado a pele de Leonardo Silva, quando o capitão alvinegro errou um domínio de bola e a deu de graça para a marcação de Leandro Carvalho, que saiu livre na cara do santo atleticano. Victor fechou o ângulo e impediu o segundo gol cearense.
Antes, porém, o Atlético já havia obtido a igualdade do placar em um gol ao mesmo tempo lindo e polêmico. Cazares recebeu na entrada da área e arrancou. Primeiro, tabelou com Luan. Depois, repetiu o gesto com Ricardo Oliveira (impedido). Finalizou seco, na saída do goleiro Everson, para empatar o jogo.
ESPÍRITO MOROSO
Ainda que tenha melhorado no fim do primeiro tempo, com possibilidade até mesmo de fazer o segundo gol e ir ao intervalo vencendo a partida, o Atlético não dava pistas de consistência no confronto.
O Ceará era mais perigo nas tentativas ofensivas, dando trabalho através dos laterais – Samuel Xavier, ex-Galo e Felipe Jonathan (ponta no 1º tempo). Adilson e Léo Silva fizeram atuações para se esquecer. Mas não faltava nomes para a lista de performances ruins do Galo. Elias, Chará, Ricardo Oliveira, Iago Maidana…
Luan e Hulk nem voltaram do vestiário. Amarelados, foram sacados por Levir Culpi para a entrada de David Terans – não acrescentou nada – e Patric, outro jogador faltoso e amarelado. Pelo lado do lateral-direito improvisado na esquerda, a bola atravessou e parou quieta nos pés de Leandro Carvalho. Sem marcação – Chará apenas olhou. A finalização cruzada, em ângulo apertado, pareceu surpreender Victor, que pulou sem elasticidade e viu a rede balançar.
O Atlético, agora sem o mesmo fôlego de antes, precisava retomar na partida. Ricardo Oliveira, peça nula (sem falar dos impedimentos), não tinha pernas para tentar ferir a zaga adversária. Em um momento de rapidez e lucidez, Chará conseguiu animar os torcedores do Galo. Saiu driblando pelo meio – até mesmo o sumido Terans – e, ao receber de volta de Patric, arrancou e disparou com perigo, mas por cima.
Satisfeito com o resultado, o Ceará conseguia minar as ações do Atlético, mesmo que o clube mineiro tivesse espaço para entrar na área. Edinho, Elias, Terans e Cazares tentaram. Mas a bola estava com desejo mesmo de ir pra casa. Nada alterado no placar e mais uma derrota para o Galo voltar pra casa ainda mais pressionado pela torcida