Cinco pessoas da mesma família morreram após a queda de um avião de pequeno porte nas proximidades de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, na manhã deste domingo (4). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave, Marcos Nogueira Chagas, 45 anos, e a mulher dele, Carla Giannine Pereira Medina, 44 anos, eram médicos radiologistas em Brasília e costumavam voar aos fins de semana. As outras vítimas da tragédia são os três filhos do casal, de 7, 10 e 13 anos. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Os corpos ficaram presos aos destroços da aeronave e a Aeronáutica e a perícia da Polícia Civil foram acionadas para comparecer ao local do acidente. O avião particular, prefixo PR-ZMZ, caiu quando o piloto tentava aterrissar no Aeroporto de Patos de Minas, que fica distante quatro quilômetros da área urbana. A aeronave caiu numa fazenda perto ao aeroporto, que não tem equipamentos de controle de voo, contando somente com a pista de pouso.
O avião acidentado decolou de Brasilia e fazia um vôo experimental. A queda da aeronave aconteceu por volta das 11h. Segundo os registros da Aeronáutica, o aviao pertence a Marcos Chagas e estava em situação regularizada, mas ainda em condição “privada experimental”. O médico também foi registrado como operador da aeronave, fabricada em 2013.
Por meio de nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que ainda vai averiguar as causas da queda do avião. Segundo o Cenipa, os primeiros trabalhos da apuração – a chamada “Ação Inicial da ocorrência” – serão feitos por investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III).
O trabalho corresponde à coleta de dados – “fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos”, informou a Aeronáutica. Ainda não foi definido prazo para divulgação do resultado da investigação.
Hobby por voar
Advogado de Marcos e amigo da família, Lucas Vianna contou que o médico tinha habilitação para pilotar aeronave e aos fins de semana gostava de voar com a família e os amigos. “Ele, inclusive, me convidou para ir uma vez, mas nunca tinha surgido a oportunidade”, contou.
Em consulta ao site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião aparece com a situação de aeronavegabilidade normal. O modelo RV-10 foi fabricado pela Flyer Industria Aeronáutica LTDA e pesa 1.224 quilos.