O América está praticamente rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. Faltam ainda cinco rodadas a serem disputadas, mas a derrota por 1 a 0 para o já rebaixado e lanterna Paraná, que não vencia há 18 rodadas, na tarde deste sábado (10), no Independência, deixa o Coelho em situação praticamente irreversível no Z-4.
Sem inspiração, apesar de o técnico Adilson Batista ter escalado seu time com um trio de atacantes – Matheusinho, Aylon e Robinho -, o que não vinha acontecendo nas últimas rodadas, o América fez um péssimo primeiro tempo e teve apenas uma chance de gol diante do time mais fraco deste Campeonato Brasileiro.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Na etapa final, o América se impôs mais em campo, com Rafael Moura no lugar de Aylon e Carlinhos na vaga de Robinho, mesmo assim foi pouco para que incomodasse a zaga paranista.
Aos 19 minutos, a injusta expulsão de René Santos, por um lance em que merecia o cartão amarelo, parecia a senha para a vitória americana. Mas o panorama do jogo não mudou, mesmo com a entrada de Luan no lugar do volante Zé Ricardo.
Aos 40 minutos, o zagueiro Messias recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, mas o maior castigo americano ainda estava por vir. Aos 44 minutos, o garoto Andrey fez grande jogada individual, entrou na área, driblou João Ricardo e tocou para o gol vazio.
A revolta, que já tomava conta da torcida americana, explodiu com gritos de: “Vergonha”. Não há mesmo outra palavra para definir o que aconteceu com o América neste sábado, no Independência.
Adilson Batista
Os seis pontos conquistados nas duas primeiras partidas em que dirigiu o time, com vitórias (2 a 1) sobre o Internacional, na estreia, no Independência, em 26 de julho, e Santos (1 a 0), na Vila Belmiro, três dias depois, deixaram a impressão de que Adilson Batista seria o treinador responsável pela primeira permanência do América na Série A do Campeonato Brasileiro após um acesso, que já tinha acontecido em 2010 e 2015, mas com quedas nas temporadas seguintes.
E o início de Adilson Batista foi realmente animador. O Coelho não se intimidava diante dos adversários mais fortes, o que acontecia demais nos tempos de Enderson Moreira no comando, mas com o passar do tempo a covardia passou a ser a marca americana.
Covardia tática, com excesso de preocupação defensiva e ausência de atacantes em várias partidas.
O resultado é que o América faz a segunda pior campanha deste returno, em que foi todo comandado por Adilson Batista. Só tem desempenho melhor justamente que o do Paraná, que somava 18 partidas sem vitória e quebrou o jejum no Independência.
E a anunciada queda de Adilson Batista aconteceu no início da noite deste sábado (10), logo após a vexatória derrota para o Paraná.
O clube procura agora o substituto, que terá a tarefa de comandar o time nas cinco rodadas finais, quando precisa de três vitórias encarando Internacional, Palmeiras e Fluminense, fora de casa, e recebe Santos e Bahia, no Independência.