Faltando pouco cerca de um mês para o verão, mais de 1,8 milhão de mineiros não se vacinaram contra a febre amarela, conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Durante a estação mais quente do ano, o vírus circula com maior intensidade devido às temperaturas elevadas e ao acúmulo de água da chuva. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Nessa segunda-feira (12), o Ministério da Saúde emitiu alerta para que a população se proteja ainda na primavera, que termina em 20 de dezembro. O Estado integra o grupo de localidades em que a imunização é recomendada. Os motivos são os riscos de transmissão da doença e os registros de pacientes no mais recente ciclo de monitoramento – junho de 2017 a julho de 2018.
O último levantamento sobre a cobertura vacinal apontava índice de 90,7% do público-alvo, de acordo com a SES. Porém, a meta é 95%. A imunização está disponível nos postos de saúde. Ela é contraindicada para grávidas, bebês menores de nove meses e quem tem alergia à proteína do ovo.
Também não podem receber a dose portadores de HIV, pacientes em tratamento de quimio e radioterapia, e aqueles com doenças autoimunes ou submetidos a tratamento com imunossupressores – que diminuem a defesa do corpo. Mulheres que estejam amamentando bebês de até seis meses devem procurar um médico para obter o aval.
Perigo
Em Minas, a maioria das notificações, entre julho de 2017 e junho deste ano, ocorreram na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Sul do Estado e Campo das Vertentes. Porém, o alerta é maior para as cidades próximas a Pedra Azul, no Vale do Mucuri, e Ituiutaba, no Triângulo, onde a cobertura vacinal não chega a 80%.
O governo de Minas prepara para os próximos dias campanhas de incentivo à procura da proteção nos postos. A ideia das autoridades é evitar correria e longas filas nas unidades de saúde durante o verão.
“Apesar de o Brasil ter aprendido a lidar com a febre amarela, ela tem um índice de mortalidade alto. Só neste ano, 483 pessoas morreram no país e, no verão, o risco é muito maior. Vacinar, o quanto antes, é essencial”, comentou a infectologista Andrea Lucchesi, do Hospital Infantil João Paulo II.