Em mais uma rodada de depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Itabira, que investiga possíveis irregularidades na construção da UPA do bairro Fênix, ouviu nessa terça-feira (13), o ex-prefeito Damon Lázaro de Sena. Por mais de uma hora, ele respondeu a questionamentos diversos, como a escolha do modelo de licitação (Regime Diferenciado de Contratação – RDC), preço da obra, atrasos no cronograma e condições em que o prédio foi inaugurado. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
À frente do trabalho investigativo estão os vereadores Reinaldo Soares Lacerda (PHS), André Viana Madeira (Pode) e Jovelindo Oliveira Gomes (PTC). Além do ex-prefeito, foram ouvidos como testemunhas o ex-secretário de Obras Marco Aurélio Garcia Matos, a engenheira Taís Bernardino e o diretor de projetos na época, Edmilson Brandão.
De acordo com André Viana, a comissão já juntou mais de 2 mil páginas de documentos. “Foi mais uma fase importante para a CPI da UPA Fênix. A CPI nunca esteve esquecida, ela estava sendo estudada pelos vereadores. O depoimento do Damon foi extremamente importante. Estamos chegando à fase final para compormos um grande relatório”, disse André, que é vogal na comissão.
Para Reinaldo Lacerda (PHS), presidente da CPI, o trabalho investigativo vai esclarecer à população o passo a passo da obra. “O trabalho vem sendo realizado com muito afinco desde o começo. Estamos na fase de oitivas e, logo em seguida, vamos sentar e fazer um fechamento que defina a situação”, afirmou Reinaldo.
Conforme Jovelindo Gomes (PTC), relator do caso, a comunidade pode esperar um relatório detalhado e denso. “Tivemos depoimentos esclarecedores, tanto dos investigados quanto das testemunhas. São informações que nos ajudaram muito. Vamos ouvir mais pessoas na próxima semana e passaremos à fase seguinte”, afirmou.
A obra da UPA custou aos cofres públicos R$ 4,1 milhões, recursos do Município e do Governo Federal. Feita em módulos pré-fabricados, a unidade chegou a ser inaugurada no final do Governo Damon, mas não chegou a entrar em funcionamento.
Reunião
Durante a reunião ordinária desta terça-feira, os vereadores aprovaram em segundo turno um projeto que obriga a fixação de cartazes dentro do transporte coletivo em Itabira informando que abuso sexual é crime. De acordo com vereador Agnaldo Vieira Gomes (PRTB), autor da proposta, o objetivo é combater os casos de abuso e ampliar os canais de denúncia.
A reunião contou ainda com a participação de alunos das escolas Professor Manuel Soares, de Ipoema, e do CESE, do bairro Gabiroba. Eles fizeram parte do programa “Visita Orientada”, uma iniciativa da Escola do Legislativo que visa aproximar a classe estudantil da Câmara Municipal. Os estudantes conversaram com os vereadores, acompanharam parte da reunião e visitaram as dependências da Câmara.