A Prefeitura de Itabira se prepara para multar os proprietários ou locatários de imóveis onde forem encontrados focos do mosquito transmissor da Dengue, Zika vírus e a Febre Chikungunya. O edital de notificação já foi publicado pelo prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB), conforme Lei Municipal de 2010. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A prefeitura está criando uma junta de recursos para iniciar as aplicações de multas que serão classificadas entre “leves”, “médias”, “graves” e “gravíssimas”. Para os imóveis flagrados com com um ou dois focos de larvas do Aedes aegypti serão aplicadas multas (leves) de R$269, 28, enquanto os imóveis com três a quatro focos serão multados (médias) em R$535,50, multas (graves) de R$810, 90 onde os agentes localizarem de cinco a seis focos e ainda as multas (gravíssimas), no valor de R$1.346,40, para os proprietários dos imóveis que tiverem com sete ou mais focos do mosquito causador das doenças.
O município já está notificando também os proprietários de terrenos vagos. A multa nestes casos é de R$309,00 e até o dobro nos casos de reincidências.
LIRAA
Vinte e dois bairros de Itabira estão em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya. É o que indica o novo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 15 e 19 do mês passado (outubro), em todo o município. Isso significa que foram encontradas, nessas localidades, altos índices de larvas do mosquito.
O índice médio de infestação da cidade ficou em 2,8% – o mais alto já atingido no mês de outubro, desde o início da amostragem, em 2008. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), os índices inferiores a 1% são considerados satisfatórios; de 1% a 3,9%, significam situação de alerta; e índices superiores a 4% representam risco de surto. Segundo o Liraa, a situação é séria em grande parte dos bairros itabiranos, nos quais a pesquisa aponta infestação superior a 1%. No entanto, o cenário mais alarmante é no bairro Ribeira de Cima, onde o levantamento apontou um índice de infestação de 16,6%.
Também correm risco de surto os bairros Chapada (15,3%), João XXIII (13,94%), Machado (13,6%), Vila São Geraldo (11,11%), Área Verde (8,33%), Colina da Praia 3 (8,33%), Clóvis Alvim I (7,14%), Bairro de Fátima (7,14%), Estação Rodoviária (6,66%), Bela Vista (6,55%), Alto Boa Vista (6,25%), Pedreira (6,12%), Praia (5,76%), Campestre (5,55%), Santa Marta (5,26%), Valença (5%), Amazonas (5%), Caminho Novo (4,87%), Bálsamos (4,7%), Penha (4,34%) e Fênix (4,08%). Já os bairros Santa Ruth (3,57%), Santa Tereza (3,57%), Areão (3,33%), Colina da Praia (2,94%), Major Lage (2,77%), Bethânia (2,27%), Nossa Senhora das Oliveiras (1,88%) e Jardim Gabiroba (1,54%) estão em situação de alerta.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Thereza Cristina Oliveira Andrade Horta, o levantamento foi realizado em todos os bairros de Itabira. Não foram identificados focos nas regiões não citadas. No total, 1718 domicílios foram investigados. “Estamos intensificando as ações de tratamento focal e educação sanitária junto à população. Este trabalho conta com a parceria dos agentes comunitários de Endemias (ACE) e de Saúde (ACS)”, disse.
CASOS
De acordo com o último levantamento de casos notificados em 2018, Itabira possui 509 casos classificados, sendo:
28 positivos para dengue;
3 indeterminados para dengue;
371 negativos para dengue;
105 descartados/ não classificados para dengue;
2 positivos para chikungunya.