O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (24) que tem uma nova avaliação médica marcada para o dia 19 de janeiro. Segundo ele, se a infecção detectada no intestino estiver totalmente curada, a operação para retirada da bolsa de colostomia deve ser feita no dia seguinte (20 de janeiro). “Caso contrário, se o grave caso de infecção permanecer ainda, o prazo será novamente adiado”, disse.
A operação do presidente eleito estava marcada inicialmente para o dia 12 de dezembro, mas foi adiada após uma série de exames, feita ontem (23) por médicos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Os exames pré-operatórios precedem a realização da terceira cirurgia a que Bolsonaro será submetido desde que foi esfaqueado no abdômen por Adélio Bispo, durante ato político, em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.
Ele fez uma cirurgia inicial, de grande porte, na Santa Casa de Juiz de Fora, depois uma segunda, já no Einstein, para corrigir uma aderência. A estimativa é que o período de recuperação dessa terceira cirurgia seja de 10 a 15 dias.
Com o adiamento, Bolsonaro só será submetido à cirurgia depois da posse na Presidência da República, marcada para 1º de janeiro.
Vice-presidente
Na ausência do presidente, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), poderá assumir o posto pela primeira vez. Geralmente, a chefia do Executivo é transferida seguindo a linha sucessória nos casos de viagem para o exterior do titular do cargo, mas como Bolsonaro ficará alguns dias hospitalizado, Mourão tende a substituí-lo durante o período. De acordo com a Constituição Federal, cabe ao vice-presidente exercer a tarefa “no caso de impedimento” do presidente ou atuar em missões especiais, convocado por ele.
A diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi adiantada para o próximo dia 10 de dezembro em comum acordo, justamente devido à previsão inicial de que a cirurgia do presidente eleito fosse realizada no dia 12.
Forte calor
Bolsonaro, que é paraquedista formado, desfilou junto com os veteranos da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, ao lado do futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Ele participou da cerimônia em comemoração do 73° aniversário de criação da Brigada de Infantaria Paraquedista.
Ao final do desfile, o presidente eleito reconheceu que se excedeu um pouco, devido ao forte calor, mas disse que se sente bem, apesar de ter desobedecido à recomendação médica. “Essa vibração ajuda na minha recuperação com toda certeza”, afirmou.
O presidente eleito disse que ainda está avaliando se vai assistir à partida Vasco x Palmeiras, amanhã (25), no estádio de São Januário. O convite foi feito pelo presidente do clube vascaíno. “Todo mundo sabe que meu coração é palmeirense, mas ainda não decidi se vou assistir à partida”, avaliou Bolsonaro.